“Deus não enviou seu filho ao mundo para condenar. A condenação se dá nas escolhas que nós fazemos quando nós negamos a presença de Deus na história, quando as escolhas sociais, econômicas, políticas e religiosas não são de vida, mas de morte. Quando as escolhas são a partir do lucro e não a partir da partilha e da vida com dignidade” (Padre Julio Lancellotti).
O ser humano tem o poder de escolher e decidir a direção de sua vida, tanto no âmbito pessoal quanto no coletivo. No entanto, muitas vezes essas escolhas são guiadas por interesses egoístas, levando à exclusão e à opressão de outros seres humanos.
O pensamento do Padre Julio Lancellotti nos leva a refletir sobre a importância de nossas escolhas e suas consequências na construção de uma sociedade justa e solidária. Ao dizer que Deus não enviou seu filho ao mundo para condenar, ele nos mostra que o amor e a misericórdia de Deus são a base de toda a criação e que a condenação é resultado de nossas escolhas equivocadas.
Muitas vezes, em nome do lucro e do poder, tomamos decisões que ferem a dignidade humana, desrespeitam os direitos dos mais vulneráveis e prejudicam a natureza. Essas escolhas, feitas a partir de uma perspectiva individualista e egoísta, geram um ciclo vicioso de exclusão, violência e desigualdade.
Por outro lado, quando nossas escolhas são pautadas pelo amor, pela solidariedade e pela busca por justiça social, somos capazes de construir uma sociedade mais justa e igualitária. Escolher a vida, a partilha e a dignidade é escolher a presença de Deus na história humana.
Cabe a cada um de nós refletir sobre nossas escolhas e suas consequências. Precisamos nos questionar se estamos contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária ou se estamos fortalecendo um sistema opressor e excludente. Somente assim poderemos fazer escolhas mais conscientes e responsáveis, a partir de um olhar que enxergue o outro como um irmão e a natureza como uma criação divina a ser preservada e cuidada.
Mauro Nascimento
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