Catolicismo de maneira inclusiva

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28 de setembro – Monsenhor André Sampaio

“Vivemos em sociedade para convivermos uns com os outros e aprendermos a compreender o outro como ele é e não como gostaríamos que ele fosse, desta forma cada um tem uma opinião, cada um reage a sua forma de acordo com o acontecimento que se apresenta, assim sendo geramos várias divergências de opiniões, isso é natural pois o nosso Criador nos fez diferentes justamente para aprendermos a conviver com as diferenças dos nossos irmãos, tendo assim que colocarmos em prática uma virtude valiosíssima que é a compreensão. Através da compreensão evitamos vários desgastes emocionais em nossa trajetória, porque aceitamos no outro exatamente o que ele é, juntamente com suas opiniões, ações e atitudes, mesmo com opiniões diferentes. Quando colocamos a compreensão em nosso convívio seja social, familiar ou emocional, estamos propondo ao outro o diálogo sincero e nos colocamos a disposição para ouvi-lo em suas opiniões, e com isso geramos em nós e nos outros a boa convivência e a harmonia das opiniões. Divergir faz parte do nosso processo de aprendizado e compreender é um ato de amor ao próximo.”

Monsenhor André Sampaio

Escolhas que fazem a diferença: um convite à reflexão sobre nossas decisões na construção de uma sociedade melhor

“Deus não enviou seu filho ao mundo para condenar. A condenação se dá nas escolhas que nós fazemos quando nós negamos a presença de Deus na história, quando as escolhas sociais, econômicas, políticas e religiosas não são de vida, mas de morte. Quando as escolhas são a partir do lucro e não a partir da partilha e da vida com dignidade” (Padre Julio Lancellotti).

O ser humano tem o poder de escolher e decidir a direção de sua vida, tanto no âmbito pessoal quanto no coletivo. No entanto, muitas vezes essas escolhas são guiadas por interesses egoístas, levando à exclusão e à opressão de outros seres humanos.

O pensamento do Padre Julio Lancellotti nos leva a refletir sobre a importância de nossas escolhas e suas consequências na construção de uma sociedade justa e solidária. Ao dizer que Deus não enviou seu filho ao mundo para condenar, ele nos mostra que o amor e a misericórdia de Deus são a base de toda a criação e que a condenação é resultado de nossas escolhas equivocadas.

Muitas vezes, em nome do lucro e do poder, tomamos decisões que ferem a dignidade humana, desrespeitam os direitos dos mais vulneráveis e prejudicam a natureza. Essas escolhas, feitas a partir de uma perspectiva individualista e egoísta, geram um ciclo vicioso de exclusão, violência e desigualdade.

Por outro lado, quando nossas escolhas são pautadas pelo amor, pela solidariedade e pela busca por justiça social, somos capazes de construir uma sociedade mais justa e igualitária. Escolher a vida, a partilha e a dignidade é escolher a presença de Deus na história humana.

Cabe a cada um de nós refletir sobre nossas escolhas e suas consequências. Precisamos nos questionar se estamos contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária ou se estamos fortalecendo um sistema opressor e excludente. Somente assim poderemos fazer escolhas mais conscientes e responsáveis, a partir de um olhar que enxergue o outro como um irmão e a natureza como uma criação divina a ser preservada e cuidada.

Mauro Nascimento

 

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Por Mauro Nascimento