Catolicismo de maneira inclusiva

Autor: Katholikos (Página 1 de 115)

07 de dezembro – Monsenhor André Sampaio

“Todos vivem em busca da paz. Há aqueles que imaginam que terão paz se tiverem muito dinheiro, poder e posição social. Outros sonham em ter uma saúde física perfeita. Há aqueles outros que pensam que conquistar um amor lhes trará a paz também. Notamos que muitos conseguem tudo o que desejam e muito mais, porém descobrem que a paz não veio com todos os seus desejos satisfeitos. Não conseguem perceber que a paz que buscamos está dentro de nós mesmos. A paz é um estado de espírito. Quando estamos bem intimamente, e isto independe de fatores externos, podemos sentir a paz reinar dentro de nós. O mundo pode desabar lá fora, mas continuamos em paz. Sabem por quê? A resposta é simples: Aqueles que sentem a paz encontraram Deus dentro de si. Deus está em todos os lugares, em toda parte e principalmente, dentro de nós. Quando aprendemos a ouvi-lo dentro de nós encontramos a paz. Ouvir a Deus é colocar em prática os seus ensinamentos, os quais nos foram passados, há mais de dois mil anos por Jesus Cristo. Ficar em paz é estar com a consciência tranquila por saber que está se fazendo todo o bem possível e acima de tudo amando a Deus, auxiliando, perdoando e amando ao próximo como a si mesmo. A paz é um estado de espírito!”

Monsenhor André Sampaio

07 de dezembro – Santo Ambrósio, bispo de Milão e doutor da Igreja

Santo Ambrósio (© Biblioteca Apostolica Vaticana)00

No seu tempo, havia divisões sociais dilacerantes. Em 7 de dezembro de 374, em uma igreja milanesa dava-se uma discussão animada: a embaraçosa nomeação do novo Bispo da cidade, capital do império romano do Ocidente, havia agravado a separação entre Católicos e Arianos. A negação da divindade de Cristo, defendida pelos Arianos e combatida pelos Católicos, era vista como uma barreira insuperável na escolha de um pastor, que pudesse representar ambas as partes.

Um Bispo para todos

Como mediador, foi convocado o Governador das regiões italianas da Lombardia, Ligúria e Emília-Romagna, conhecido pela sua imparcialidade e equidade. Ele se chamava Ambrósio, nascido em 340, em Augusta dos Tréveros, Alemanha, no seio de uma família romana cristã, terceiro de três filhos, que também se tornaram santos: Marcelina e Sátiro.

Ambrósio concluiu seus estudos jurídicos em Roma, sob o exemplo do pai, Prefeito da Gália, aprendendo a oratória e a literatura greco-latina. O sucesso na sua carreira de magistrado e o seu  equilíbrio em resolver controvérsias bastante difíceis tornaram-no o candidato ideal para moderar o impetuoso debate milanês, que começou com a morte do Bispo ariano, Auxêncio. O convite de Ambrósio ao diálogo convenceu o povo e evitou o perigo de tumultos.

Porém, enquanto o Governador pensava ter cumprido a sua missão com sucesso, aconteceu um imprevisto. Entre a multidão, elevou-se uma alta voz de criança, que ecoou em toda a assembleia, que dizia: “Ambrósio Bispo!”. Assim, Católicos e Arianos, inesperadamente, chegavam ao desejado acordo. A ovação popular desnorteou Ambrósio, porque não era batizado e se sentia indigno. Quis rejeitar ao cargo dirigindo-se ao imperador Valentiniano, que, porém, confirmou o anseio popular. Então, Ambrósio fugiu. Mas, também o Papa Dâmaso o achava idôneo à dignidade episcopal. Logo, entendendo que esta era a vontade de Deus, aceitou e se tornou Bispo de Milão, com apenas 34 anos de idade.

Em oração junto com o povo

Ambrósio distribuiu seus bens aos pobres e dedicou-se ao estudo dos Textos Sagrados e dos Padres da Igreja: “Quando leio as Escrituras – dizia – Deus passeia comigo no Paraíso”. Aprendeu a pregar de tal maneira que a sua oratória encantou o jovem Agostinho de Hipona, levando-o à conversão.

Assim, a vida de Ambrósio se tornava, cada vez mais, sóbria e austera, toda dedicada ao estudo, à oração, à escuta assídua e solidária dos pobres e do povo de Deus.

“Se a Igreja dispõe de ouro, não é para guarda-lo, mas para distribui-lo a que mais necessitar”, disse quando decidiu fundir os ornamentos litúrgicos dourados para pagar o resgate de alguns fiéis sequestrados pelos soldados nórdicos.

Combate à heresia

As suas prioridades foram a paz e a concórdia, mas jamais tolerou o erro. A iconografia artística o representa com um açoite na mão contra os hereges. Ele combateu, energicamente, o arianismo, que o levou a discordar até com Governantes e Soberanos. Daquele conflito, que eclodiu sob o governo da imperatriz filo-ariana, Justina, Santo Ambrósio saiu vencedor, reafirmando a independência do poder espiritual do poder temporal.

O episódio da carnificina de Tessalônica foi emblemático. Depois do excídio de sete mil pessoas, em revolta pela morte do Governador, Santo Ambrósio conseguiu convencer Teodósio, autor da chacina, a se arrepender. “O imperador é da Igreja e não acima da Igreja” era a convicção do Bispo milanês, que, ao contrário da lei, não submeteu nenhuma igreja aos Arianos.

A primazia de Pedro

Por outro lado, Ambrósio sempre reconheceu a primazia do Bispo de Roma, dizendo: “Ubi Petrus, ibi Ecclesia” (“Onde está Pedro, ali está a Igreja”). O amor a Cristo, à Igreja e a Maria emergiu das suas copiosas obras literárias e teológicas, que lhe conferiram – junto com os santos Jerônimo, Agostinho e Gregório Magno – o título de grande Doutor da Igreja do Ocidente.

Construtor de Basílicas, compositor de hinos, que revolucionaram o modo de rezar, e incansável na oração Ambrósio morreu no Sábado Santo de 397. Uma multidão imensa o homenagearam no dia de Páscoa.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 05 dez. 2023.

06 de dezembro – Monsenhor André Sampaio

“Os nossos talentos são como flores em um jardim, devem ser regadas e bem tratadas para florescerem e germinarem novas sementes. Temos um compromisso muito importante com os talentos que recebemos de Deus, devemos cuidar e fazer com que eles possam nos trazer o prazer em poder executá-los em favor do bem e do nosso próximo. Não podemos jogar fora a oportunidade que Deus nos deu de podermos fazer algo e não fazermos, simplesmente porque não queremos, não estamos dispostos ou nos achamos despreparados. Sejamos como as flores no jardim que aproveitam todas as oportunidades que a natureza lhes dá, para fortalecerem seus caules e suas pétalas, proporcionando assim paisagens lindas e flores maravilhosas, da mesma forma, devemos aproveitar nossos talentos e colocá-los em prática em favor do bem comum e principalmente aperfeiçoá-los a cada dia, através do conhecimento e do aprendizado que a vida nos oferece. Seja mais um talento a ser descoberto e lapidado, seja mais uma flor no jardim do universo a crescer e a cooperar com o bem estar e a felicidade de todos através de seus talentos. Não cultive nos jardins de seus talentos a vaidade e o orgulho, procure regar seu talento com o amor e principalmente com muita humildade, porque os seus talentos são bênçãos de Deus.”

Monsenhor André Sampaio

06 de dezembro – São Nicolau, bispo de Mira

São Nicolau (© Musei Vaticani)

Uma vida obediente

Nicolau nasceu em Patara, uma cidadezinha marítima da Lícia, na Turquia meridional, no III século d.C., em uma família rica, que o educou ao cristianismo. A sua vida, desde a sua juventude, foi marcada pela obediência. Ao tornar-se órfão, ainda muito jovem, de pai e mãe, Nicolau, recordando a passagem evangélica do “Jovem Rico”, empregou toda a riqueza paterna à assistência dos necessitados, enfermos e pobres.

Foi nomeado Bispo de Mira e, sob o império de Diocleciano, foi exilado e preso. Depois da sua libertação, em 325, participou do Concílio de Niceia e faleceu em Mira em 343.

Foram muitos os episódios transmitidos sobre Nicolau e todos dão testemunho de uma vida ao serviço dos mais fracos, pequeninos e indefesos.

Defensor dos fracos

Uma das histórias mais antigas, transmitidas sobre a vida de São Nicolau, diz respeito a um seu vizinho de casa, que tinha três filhas, já na idade de se casar, mas não tinham dinheiro suficiente para comprar o dote. Para livrá-las da prostituição, certa noite, Nicolau colocou dinheiro em um pano e o jogou pela janela da casa do vizinho e saiu correndo para não ser visto. Graças àquele presente, a primogênita do vizinho conseguiu se casar. O generoso benfeitor repetiu aquele gesto, outras duas vezes, mas, na terceira noite, o pai das moças saiu rápido de casa para saber quem era aquele benfeitor. Mas o Santo lhe pediu para não dizer nada a ninguém.

Outra história diz respeito a três jovens estudantes de teologia a caminho para Atenas. O dono da hospedaria, onde os jovens tinham parado para passar a noite, os roubou e os matou, escondendo os seus corpos em uma pipa. O Bispo Nicolau, que também viajava para Atenas, parou na mesma hospedaria e, enquanto dormia, teve uma visão sobre o crime cometido pelo dono. Então, recolhendo-se em oração, São Nicolau deu novamente a vida aos três estudantes e obteve a conversão do dono malvado.

Este episódio, como o da libertação misteriosa de Basílio, – um rapaz sequestrado por piratas e vendido como doméstico a um emir, o qual, segundo a lenda, reapareceu, misteriosamente, na casa dos seus pais, com cetro de ouro do soberano estrangeiro – contribuíram para difundir a fama de Nicolau como padroeiro das crianças e dos jovens.

Protetor dos navegantes

Durante os anos da sua juventude, Nicolau embarcou para ir em peregrinação à Terra Santa. Passando pelos mesmos caminhos percorridos por Jesus, Nicolau rezou para poder fazer a mesma experiência, mais profunda e solidária, da vida e dos sofrimentos de Jesus. No caminho de retorno, ocorreu uma tremenda tempestade e o navio arriscava naufragar. Nicolau pôs-se, discretamente, em oração e o vento e as ondas, de repente, se acalmaram para o estupor dos marinheiros, que temiam naufragar.

São Nicolau de Bari

Depois da morte de São Nicolau, seu túmulo em Mira tornou logo meta de peregrinação; as suas relíquias foram consideradas milagrosas, por causa de um misterioso líquido, chamado maná de São Nicolau, que saía de dentro. Quando, no século XI, Lícia foi tomada pelos Turcos, os venezianos procuraram apoderar-se, mas foram precedidos pelos habitantes de Bari. Assim, levaram suas relíquias para a Apúlia, em 1087. Dois anos depois, foi concluída a cripta da nova igreja, desejada pelo povo de Bari, no lugar onde surgia o palácio do “catapano” bizantino. O papa Urbano II, escoltado pelos cavaleiros normandos, senhores da Apúlia, colocou as relíquias do Santo sob o altar, onde se encontram ainda hoje.

A translação das relíquias de São Nicolau teve um impacto extraordinário em toda a Europa. Na Idade Média, seu santuário na Apúlia tornou-se uma importante meta de peregrinações, com o consequente resultado da difusão do culto de São Nicolau de Bari e não com o nome de São Nicolau de Mira.

Santa Klaus

Nos Países Baixos, em geral, nos territórios germânicos, a festa invernal de São Nicolau (em holandês “Sint Nikolaas” e depois “Sinteklaas”) e, de modo particular, a sua proteção das crianças, deram origem à tradição infantil da espera de presentes: nas vésperas da festa do Santo, as crianças deixam sapatos ou meias sobre uma cadeira ou ao lado da lareira e vão dormir, confiantes de encontra-los no dia seguinte cheios de doces e presentes.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 04 nov. 2023.

05 de dezembro – Monsenhor André Sampaio

“Compreender é não julgar o outro por suas atitudes ou ações. Quando compreendemos verdadeiramente o nosso próximo, não o julgamos, procuramos entender sua posição ou situação, não entramos em conflito com a opinião do outro, compreendemos mesmo quando termos uma visão contrária. Quando nos utilizamos da compreensão, colocamos em prática a benevolência com o nosso próximo e buscamos sempre entender o que se passa com ele, não expondo seus problemas nem suas dificuldades, procuramos ajuda-lo sem fazer julgamentos precipitados. A compreensão do próximo não é fácil para nenhum de nós, porque estamos sempre procurando no outro as faltas que nós temos, por isso muitas vezes nos tornamos individualistas e colocamos o julgamento a frente de nossa bondade. A mais nobre das compreensões é aquela onde realmente estendemos as mãos aos irmãos necessitados de compreensão, porque compreender o belo, o correto, é fácil! Difícil é compreender o errado, o escandaloso. Não devemos julgar ninguém, devemos colocar em prática todos os dias a compreensão diante de qualquer acontecimento, desta forma estaremos fazendo um bem imenso ao nosso próximo e principalmente a nós mesmos, porque estaremos trabalhando em nós esse sentimento tão maravilhoso que é a compreensão sem julgamentos.”

Monsenhor André Sampaio

« Posts anteriores

© 2023 Katholikos

Por Mauro Nascimento