“Deus nos criou de forma simples e com tudo aquilo que necessitamos para nossa sobrevivência. Temos tudo o que precisamos, porém, a maioria de nós não se conforma com o necessário. Queremos sempre mais. Trabalhamos o tempo todo, não para suprir o necessário, mas para o supérfluo. Se tivermos uma casa para vivermos tranquilamente com nossos familiares, logo não estaremos mais contentes com a mesma. Iremos querer outra. Se conseguirmos mais uma, logo acreditaremos que precisaremos de mais uma e assim por diante. Passamos a viver como escravos do ter. Quanto mais tivermos, tanto melhor. Isso em todos os setores da vida. E assim, vai surgindo um buraco, um vazio na alma que nada é capaz de preencher e passamos a viver numa busca frenética por bens materiais, na ilusão de que algo nos falta ainda. O que falta e deixa esse vazio enorme na alma é a falta de Deus. Ele nos criou com todo o amor, para desenvolvermos nossos sentimentos, para que aprendêssemos a amá-lo, a amar a nós mesmos e ao próximo como a nós mesmos. Será que temos agido assim? Será que esquecemos a razão fundamental de estarmos aqui? Podemos ter uma certeza: não há bem material na Terra capaz de suprir a falta de amor. Só o amor vivido em sua plenitude tornará o homem verdadeiramente feliz. Os bens materiais ficarão, apodrecerão, enferrujarão, perder-se-ão no espaço e no tempo. Somente o espírito é eterno e com ele levaremos apenas as conquistas dos valores morais, as nossas virtudes, os bons sentimentos e todo o amor que houvermos semeado durante a nossa vida!”
Monsenhor André Sampaio
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