Catolicismo de maneira inclusiva

Autor: Katholikos (Página 17 de 167)

07 de março – Monsenhor André Sampaio

“Há momentos em nossas vidas que nos sentimos pequenos, fracos, inseguros e incapazes de reagir e vencer algumas dificuldades que vivemos. Já aconteceu isso com você? Mas quando paramos um pouco e olhamos para ‘dentro de nós’, percebemos quantos obstáculos, quantas barreiras, quantos nãos, quantos momentos difíceis já vencemos. Percebemos a força, a capacidade, o poder que existe dentro de nós. Então, percebemos que escondido atrás deste gigante chamado medo, chamado dúvidas e incapacidade que acreditamos ter, está a nossa capacidade de vencer. Quando fazemos esse momento de reflexão da nossa capacidade, das nossas conquistas, dos momentos difíceis que já vivemos e vencemos, fica muito mais fácil enfrentar o momento atual, pois percebemos que é apenas mais um que será vencido. Percebemos que os gigantes somos nós que já vencemos tantos outros problemas e não vai ser o problema atual que vai nos derrotar. Portanto: quando se sentir incapaz, se sentir inferiorizado, pare por um instante e faça um momento de reflexão. Coloque em uma folha de papel o maior número de situações difíceis que você já venceu, veja o que você fez para vencer, de quem recebeu ajuda e como se sentiu após a vitória. Você vai perceber que será capaz de vencer mais esse obstáculo. Não perca tempo pensando no problema, quanto mais você gasta seu tempo pensando no problema, maior ele fica. Pense na solução, gaste seu tempo com a solução, imagine o prazer, a alegria que você vai sentir e o orgulho que vai causar nas pessoas que te amam ao ver você vitorioso. Lembre-se: Você pode vencer mais essa! Quando conquistar a vitória. Convide as pessoas que você ama para comemorar mais essa conquista. Lembre-se: VOCÊ PODE VENCER!!!”

Monsenhor André Sampaio

06 de março – Santa Rosa de Viterbo, virgem franciscana

Santa Rosa de Viterbo

Uma vida admirável, embora breve, que deixou seu sinal. É o caso de Rosa de Viterbo, nascida, em 1233, no seio de uma família pobre, com uma má-formação, que lhe impediu até de entrar para o vizinho mosteiro das Clarissas.

O exílio, entre guelfos e gibelinos

Quem nascia com o esterno, – osso na parte anterior do tórax, – era condenado a morrer em três anos, porque seu esqueleto não consegue ser sustentado. No entanto, Rosa viveu 18 anos, sempre com o sorriso nos lábios. Não podendo receber o hábito religioso, entrou para a Ordem Terceira de São Francisco e começou a percorrer toda a cidade, com uma cruz no pescoço, levando uma vida de penitência e de caridade com os pobres e enfermos.

O contexto histórico em que viveu era o de uma áspera luta entre guelfos e gibelinos, respectivamente partidários do Papa Inocêncio IV e do imperador Frederico II. Eram anos de contrastes entre o Império e a Santa Sé e a cidade de Viterbo estava bem ao centro. Devido ao seu apoio ao Papa, Rosa e sua família foram exiladas em “Soriano nel Cimino”, até que, em 1250, com a morte do imperador, a cidade retornou sob o domínio do Papa.

O sonho de Alexandre IV

Por causa das suas condições físicas, também Rosa faleceu, provavelmente em 6 de junho de 1251, e foi sepultada na terra nua, próximo à igreja de Santa Maria no Poggio. No ano seguinte, o Papa Inocêncio IV quis torná-la santa e mandou fazer um processo canônico, que nunca começou. Seu sucessor, Alexandre IV, não se sentindo mais seguro em Roma, transferiu-se para Viterbo. No entanto, recebeu em sonhos, várias vezes, a visita da jovem. Por isso, mandou trasladar seus restos mortais para a igreja das Clarissas, às quais foram confiados além do seu culto. Ali, ainda hoje, é possível venerar seu corpo, completamente incorrupto, que permaneceu incólume até durante um incêndio em 1357.

Santa ou Beata?

Nos dois séculos seguintes, a veneração da jovem aumentou. Assim, em 1457, Papa Calisto III renovou a ordem de um novo processo de canonização, mas, neste interim, veio a falecer, e não foi feito nada. No entanto, em 1583, o nome de Rosa, como Santa, foi incluído no Martirológio Romano e muitas igrejas foram dedicadas a ela no mundo.

A partir de 4 de setembro de 1258, dia da transferência de seus restos mortais, Viterbo celebrou sua Santa com três dias de festa, preferindo esta data àquela da sua morte, ocorrida em 6 de março. Tudo começou com uma procissão solene e um cortejo histórico pelas ruas da cidade; depois, se prosseguiu, no centro histórico da cidade, – por onde havia sido feita a trasladação, – com o transporte da Máquina de Santa Rosa: uma estrutura de madeira e tecido, que, todos os anos, se torna cada vez mais espetacular; esta usança foi, recentemente, incluída pela UNESCO no patrimônio mundial da humanidade.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 01 mar. 2024.

05 de março – Monsenhor André Sampaio

“O medo é um ladrão. Ele corrói nossa fé, acaba com a esperança, rouba nossa liberdade e tira nossa alegria de viver uma vida abundante em Cristo. O medo impede de andarmos na fé. Medo é a ausência de fé. É o reverso de acreditar e confiar em Deus. O medo atrai o mal em nossas vidas, como a fé atrai as bênçãos. ‘No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor’. (1Jo 4,18). A Bíblia cita 63 vezes ‘Não temas’ e 31 vezes ‘Não tenha medo’. Certamente, Deus está nos dizendo alguma coisa! O medo é alimentado pelo que vemos e escutamos. Nós podemos resistir ao medo focando sempre em Deus e em suas promessas. Quando agimos em medo nós corremos da proteção do nosso maravilhoso Pai e abrimos a porta para o inimigo. O medo só pode ser vencido através da absoluta entrega e confiança em Deus.”

Monsenhor André Sampaio

05 de março – São João José da Cruz, presbítero franciscano

Este sacerdote minuto da Ordem dos Frades Menores, que cresceu nas pegadas de São Pedro de Alcântara, teve, entre outros, o mérito de restaurar a disciplina religiosa em muitos conventos da região napolitana. Natural da Ilha de Ischia, para onde voltou apenas duas vezes, hoje é seu Padroeiro, junto com Santa Restituta.

João José da Cruz foi canonizado por Gregório XVI, em 1839, junto com Francisco de Jerônimo e Afonso Maria de Liguori, que o conheceram durante a sua vida e lhe pediram conselhos.

Uma flor de bondade

Nascer em uma família rica, muitas vezes, é uma vantagem, mas é ainda mais nascer em uma família religiosa, onde a fé não é algo abstrato, mas uma companheira de vida, presente na vida de cada dia mediante a oração, o jejum e a devoção.

A família Calosirto enviou Carlos Caetano para estudar junto aos agostinianos de Ischia, para que sua formação religiosa fosse mais completa. E tinham razão. Ali, o pequeno se apaixonou por Jesus e ali também Jesus o fez ouvir a sua voz, que o chamava para dedicar toda a sua vida a Ele.

Humilde e grande filho de São Francisco

Com apenas 16 anos de idade, o jovem entrou para o convento de Santa Luzia no Monte, em Nápoles, onde mudou seu nome para João José da Cruz no dia da sua profissão religiosa: 24 de junho de 1671. Ali, viveu entre os Frades Menores Descalços da Reforma de São Pedro de Alcântara, conhecidos como Alcantarinos, dos quais o atraiu a regra, que os tornava ainda mais austeros, tanto que decidiu jamais usar sandálias.

João José foi escolhido para fundar um novo mosteiro em Piedimonte. Ali, construiu também um pequeno eremitério, que ainda hoje é meta de peregrinações, chamado “A Solidão”.

Durante a sua vida, teve que assistir a divisão entre os Alcantarinos da Espanha e os da Itália. Destes últimos, tornou-se Provincial e, como tal, trabalhou por vinte anos até conseguir reunir novamente a família, apesar de ter sido alvo de tantas críticas injustas e até calúnias, às quais respondeu fazendo o voto de silêncio. A sua consolação era repetir: “Tudo o que Deus permite, permite para o nosso bem”!

“Frade dos cem remendos”

João José sente-se, antes de tudo, sacerdote, um sacerdote em missão. Ele, que sabia imitar a Irmã Pobreza com perfeição, ia à busca dos pobres, não apenas nas esquinas das ruas, mas também nas favelas e casebres. Durante toda a sua vida teve apenas um saio, que, com o tempo, ficou todo remendado, mas sempre o adornava, comparando-o aos galões dos cavaleiros. Por isso, recebeu o apelido de “frade dos cem remendos”.

A este frade foram atribuídos também fenômenos, que denotam o sopro particular da graça que o inspira: bilocações, profecias, perscrutar corações, levitações, curas milagrosas e até uma ressurreição.

Predileção por Nossa Senhora

Desde criança, o jovem Calosirto aprendeu, em casa, a ter uma grande devoção a Maria em casa, que, ao longo da sua vida, aumentou sempre mais, junto com sua vocação e santidade. Ele sempre invocava Nossa Senhora, à busca de conselhos e conforto nas situações mais difíceis. E ela, como mãe carinhosa e fiel, o cobria de carinho e, às vezes, até lhe permitia fazer prodígios. Como Superior dos Alcantarinos, sempre manteve uma pequena imagem de Maria em sua escrivaninha, a qual contemplava por longo tempo e à qual se dirigia, em oração, antes de qualquer decisão ou pronunciamento. “Ele não sabia viver sem ela”, dizem seus biógrafos e muitos testemunhos dos frades, aos quais recomendava prestar homenagem a ela, pois dela “receberiam consolação, ajuda e luz para resolver os problemas”. O frade confidenciou suas últimas palavras sobre Maria, no leito de morte – 5 de março de 1734 – ao Irmãozinho que o assistia: “Recomendo-lhe Nossa Senhora”: este pode ser considerado seu testamento espiritual.

O Santo é invocado, com esta oração, para obter forças nas provações:

São João José da Cruz obtém-nos a sua alegria e serenidade nas doenças, como também nas provações, embora saibamos que o sofrimento é um grande dom de Deus, que deve ser oferecido com pureza ao Pai, sem ser perturbado pelas nossas reclamações. Seguindo o seu exemplo, queremos suportar tudo com paciência, sem fazer pesar nossas dores sobre os outros. Pedimos ao Senhor a força e a ele agradeçamos, não apenas quando nos proporciona alegria, mas também quando nos permite doenças e as diversas provações.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 01 mar. 2024.

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Por Mauro Nascimento