“Como pode alguém se achar melhor do que o outro porque tem uma cor, aparência, sexualidade ou religião diferente?

Como saber quem é melhor do que quem?

Só há uma forma de vermos quem realmente é melhor: pelas suas atitudes. Se elas são de arrogância em relação aos outros, então, claramente está demonstrando que não tem valor algum diante do outros. O orgulho provoca bloqueios diante das oportunidades de ser generoso e, consequentemente, feliz.

Julgar sem conhecer é uma das más características dos seres humanos, sem contar a incrível sede de dominar e se sentir superior aos outros. É preocupante ver que o Brasil, um país com tantas misturas de raças e com tanta desigualdade social, não abre os olhos para enxergar que somos todos iguais, e que para a nossa evolução é necessária a compreensão e aceitação daqueles que chamamos de diferentes.

Quem tem sofrido com o preconceito dos outros, deve abandonar essa posição de vítima e jamais se sentir inferior a ninguém. Também não deve revidar essa atitude de intolerância que só vai gerar novas situações de conflito. Se alguém constrói muralhas em seus relacionamentos por causa do preconceito, não pode reclamar mais tarde quando se encontrar solitário e esquecido.

Na verdade, as sequelas do preconceito são muito mais devastadoras para o próprio preconceituoso do que para quem é alvo de preconceito.”

Monsenhor André Sampaio