Catolicismo de maneira inclusiva

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23 de fevereiro – Monsenhor André Sampaio

“Na vida é impossível parar. Mesmo quando decidimos não avançar, a vida avança. E às vezes temos mesmo a impressão que ela corre. E nesse nosso viver, encontramos diariamente caminhos na nossa frente. Em cada situação há sempre uma opção de estrada. Escolhemos então a mais longa, mais curta, mais fácil, mais difícil… Somos guiados por vontades, necessidades, coração, emoções… E na verdade nem sempre sabemos onde nos conduzirá nossa escolha. E é preciso a cada dia, cada passo, seguir e assumir. Ninguém, ninguém mesmo pode ou deve ser responsável pelas nossas escolhas. E mesmo se damos ouvidos a um amigo, aos pais, a escolha final e responsabilidade final sempre será nossa. Muitas vezes sofremos porque escolhemos caminhos errados. E sabemos que há volta para as caminhadas da vida, pois sempre teremos a opção de dirigir nossos passos para direções diferentes. E então uma nova escolha se dá. Com todos os riscos possíveis. Amar alguém, sentir amizade por alguém, não é uma escolha. Pelo menos não voluntária, da nossa mente. Do coração, eu diria, pois não temos controle, não podemos negar sentir esse amor ou essa amizade. Mas podemos decidir seguir esse amor e essa amizade. Isso também é uma escolha, caminho. O importante é não parar. Alguém disse uma vez que ‘água estagnada apodrece’ e penso que ninguém gostaria de viver como água estagnada. Devemos ser como as águas dos rios, correndo sempre em alguma direção, regando flores que nascem do lado, matando sede de pássaros e homens, desembocando em grandes mares. E assim segue nossa vida, repleta de flores e espinhos… Cabe a cada um a responsabilidade da escolha diária, pois a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória. E tudo que se pode dizer com certeza, sempre é que não há erro possível na escolha, é aquela de seguir o grande, o verdadeiro Caminho. Para os outros, que a sabedoria esteja no coração de cada um, e para que as escolhas estejam o mais perto possível daquilo que chamamos felicidade.”

Monsenhor André Sampaio

20 de fevereiro – Monsenhor André Sampaio

“Olhemos ao nosso redor e veremos inúmeras possibilidades de sermos úteis ao nosso próximo. Há tantos que necessitam de uma palavra amiga, um sorriso, um aperto de mão, um telefonema. Há momentos em que uma mínima atitude da nossa parte pode ser essencial para devolver à alguém a coragem e a força para continuar na caminhada da vida. Não nos furtemos em prestar nossa solidariedade a quem quer que seja. Somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai Celeste. Hoje alguém está necessitando do nosso amor, do nosso carinho, da nossa amizade e da nossa compreensão, mas amanhã poderemos ser nós mesmos os necessitados. Então, deixemos que nossos melhores sentimentos possam emergir, que nossa luz possa brilhar e iluminar a escuridão que esteja circundando a vida de tantos ao nosso redor.”

Monsenhor André Sampaio

02 de fevereiro – Monsenhor André Sampaio

“Em nossa cultura certas palavras e atitudes estão tão fora de uso que até esquecemos seu significado. Uma delas é o compromisso. No dicionário encontramos a definição de compromisso como um comprometimento ou obrigação, promessa solene. Sinto que a palavra assim como a atitude quase caiu em desuso, devido a necessidade irrefletida de liberdade de nossa época. Uma liberdade que não leva em consideração o comprometimento com os valores mais próprios e essenciais de nossa essência como indivíduos.

O compromisso é um dos fundamentos mais importantes do caráter, e é a base de todos os relacionamentos, porque é dele que nasce a confiança, fiar-com, tecer-com, entrelaçar-com. E a confiança, ou a falta dela, geralmente está envolvida nas primeiras feridas de todo ser humano, na geração da maior parte dos problemas de insegurança e baixa auto-estima.

Quando assumimos um compromisso com a nossa saúde, o nosso desenvolvimento, alegria ou felicidade, pró-agimos e descobrimos uma força interior que nos guia para o nosso verdadeiro caminho, singular, próprio e original. E o que é melhor, verdadeiramente nos sentimos livres, pois não depositamos mais no outro as expectativas e a graça da vida.”

Monsenhor André Sampaio

30 de janeiro – Monsenhor André Sampaio

“Fico impressionado ao ver que ainda há pessoas que acreditam ser possível vencer sem esforço. Ficam esperando que o sucesso chegue, que a fama surja, que o dinheiro apareça e, num processo constante de auto-engano, não fazem as coisas certas que deveriam fazer. Não se esforçam, não procuram aprender coisas novas, não participam, não ajudam os outros, vivem reclamando da má sorte e invejando o sucesso alheio. Será que essas pessoas não enxergam que sem muito trabalho e dedicação não há sucesso? Será que elas morrerão na ilusão de vencer sem esforço?

Fico igualmente impressionado ao ver que há pessoas que vêem o sucesso alheio acreditando que tudo aconteceu por obra da sorte. Tudo para os outros é fácil e para elas difícil. Não conseguem enxergar nenhum mérito ou esforço nas pessoas que venceram. Essas pessoas colecionam casos e mais casos de herdeiros milionários, ganhadores na loteria e parecem não enxergar que essa realidade é uma exceção e não a regra. A enorme maioria das pessoas tem que trabalhar duro para vencer e só vencem com muito esforço, dedicação, comprometimento, foco, colaborando e buscando o auto-aperfeiçoamento durante toda uma vida.

Fico mais impressionado ainda com pessoas que parasitam outras. Essas pessoas pensam tão somente em si próprias e querem tudo para si. Se perceberem que o outro possa estar com alguma vantagem, imediatamente a inveja e o ciúme tomam conta do seu ser e eles passam a premeditar uma maneira de prejudicar o outro.

Para eles não importa se as pessoas a quem prejudicam sejam familiares ou até mesmo amigos. Esse tipo de pessoa só se sente bem quando tem o poder nas mãos, e quando estão levando vantagem sobre os demais. Isso é puro egoísmo e falta de amor ao próximo. E mais, quem não ama o seu próximo não pode dizer que ama a Deus.

Com essa visão negativa, essas pessoas não se dedicam ao que fazem, não dão tudo de si para conquistar novos patamares na vida. Vivem rabugentas e deprimidas em vez de enfrentar com alegria e motivação os desafios da vida. Olhar o trabalho com alegria, agradecendo as oportunidades, colaborando, é fundamental para o sucesso. Todos temos que trabalhar. Fazer do trabalho um peso insuportável tornará a vida mais difícil e não mais leve.

Assim, em vez de olhar só o lado difícil da vida e do trabalho, procure enxergar e dar valor ao esforço, ao trabalho digno, ao trabalho honesto de quem levanta todos os dias querendo fazer melhor, cumprir a sua obrigação e olhar no espelho com a alegria genuína de quem tem orgulho da imagem que vê.

Isso tudo pode parecer bobagem, mas não é. Todos temos que trabalhar durante a vida. Se fizermos o nosso trabalho com sentimento de fazer bem feito, teremos uma auto-estima elevada e isso fará uma grande diferença na qualidade de nossa vida. Acredite!”

Monsenhor André Sampaio

28 de janeiro – Monsenhor André Sampaio

“A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração, sorrir para as pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam, calar-me para ouvir, aprender com meus erros, afinal, eu posso ser sempre melhor! Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar, a abrir minhas janelas para o amor. E não temer o futuro, a lutar contra as injustiças. Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade. Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar.”

Monsenhor André Sampaio

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Por Mauro Nascimento