Catolicismo de maneira inclusiva

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17 de novembro – Monsenhor André Sampaio

“Me perguntaram sobre a dor da decepção. Dores difíceis de serem sentidas, existem muitas… Mas podemos tomar remédios, para combatê-las. Mas a dor da decepção, essa não tem remédio… Dói… Marca, dilacera o coração. Uma dor que não tem definição. Essa dor faz com que a cada dia Deixemos de ter confiança, no ser humano Deixamos a esperança morrer, continuando a vida tal qual está se apresentando sem lutas, sem garra, viver por viver. Então eu pergunto, Por que? O amor, o carinho, o respeito, a cumplicidade. Misturando todos esses sentimentos nasce. O amor amigo, amante, maternal, fraternal. Enfim, o amor… Quando esse sentimento é depositado de um coração para outro coração merecidamente deveria ser respeitado e guardado. Mas ao contrário do que se espera, esse sentimento, é pisado, usado e deixado de lado. Aí começa a dor da decepção Dor que deixa no coração uma cicatriz… Mesmo com o coração marcado e sofrido. A própria vida ensina, que devemos dar a volta por cima. Isso porque o maior sentimento, que nos foi ensinado pelo Cristo Jesus: O perdão… Perdoar é divino…  Ser perdoado é sublime… Perdoar os outros não significa  compactuar com a sua ignorância, mas sim permitirmo-nos libertar da responsabilidade dos erros que os outros cometem.”

Monsenhor André Sampaio 

15 de novembro – Monsenhor André Sampaio

SEM O PERDÃO, FICAMOS PRESOS A UM LUGAR DE FALHAS E FALTAS 

“Dia desses, passeando pelas redes sociais, me deparei com uma frase de um autor desconhecido: ‘Perdoar não é esquecer: isso é amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer: isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento…’. E parei para pensar no que a frase diz. Que o perdão é uma decisão – nem sempre simples, nem sempre fácil -, mas ainda assim, uma decisão de seguir em frente sem mágoa ou dor. Não é simplesmente ‘deixar pra lá’, deletar e não pensar mais no assunto. É sim, conseguir encarar a questão e não ter mais sofrimento ao confronto-la. Para isso, é preciso rasgar-se e então remendar-se. Escancarar todas as feridas para depois curá-las. Ousar remover todos os curativos para então ventila-los. Quem concede o perdão beneficia a si mesmo. Pois ao se livrar de lembranças dolorosas, mágoas rasgadas e ressentimentos embolorados, percebe que se curou. Ninguém esquece daquilo que lhe feriu, que doeu, que dilacerou. Mas a gente pode superar. Pode enxergar o que rasgou sem se machucar. Pode entender o que morreu sem se enlutar. Pode conviver com o que restou sem se magoar. Isso é perdoar. Isso é permitir que a história siga seu curso trazendo uma lembrança que não pesa mais. Na vida é necessário perdoar sempre. Perdoar a finitude das coisas, perdoar a pressa do tempo, perdoar as despedidas e os pontos de vista, perdoar erros bobos ou grandiosos, perdoar as ausências, perdoar a falta de jeito e a indiferença. Sem o perdão, ficamos presos a um lugar de falhas e faltas. Não seguimos em frente, não superamos, não evoluímos. É preciso ser leve. Absolver a existência de culpas que nos atam a um lugar que não existe mais, e livrar nossa história de ressentimentos antigos. Se sua infância foi dolorosa, se seus pais não cuidaram de você com cuidado, se você sofreu bullying na escola, se seu (sua) primeiro (a) namorado (a) lhe traiu, se sua (seu) amiga (o) lhe humilhou… tudo isso passa a ser irrelevante quando você aprende a perdoar. Quando você entende que a dor pelos fatos ocorridos pode ser carregada ou não. Quando você percebe que as feridas fazem parte da sua história, mas é você que decide como quer lidar com elas. A gente não se esquece dos cacos de vidro que pisou, mas a cura chega quando a gente volta a caminhar sem dor. A gente se lembra, mas não se importa mais. Isso é perdoar. Isso é permitir que sua história siga sem lhe machucar. Talvez seja hora de encarar aquilo com que não sabemos lidar e simplesmente perdoar. Iremos descobrir que não precisamos esquecer pra seguir em frente, e sim decidir que isso não tem o poder de nos machucar mais. O perdão é uma escolha. Uma escolha de viver sem dívidas com o passado, uma escolha de se desvencilhar das mágoas e ressentimentos e, principalmente, uma escolha de viver sem dor.”

Monsenhor André Sampaio

10 de abril – Monsenhor André Sampaio

“Não se deixe arrastar pelo ódio. Suas ‘ondas’ vêm e vão dentro de você, conclamando-o à revolta, à desesperação, ao ataque. Corte-as desde o início. Uma fagulha de ódio pode lhe incendiar por dentro. É difícil de apagar. Resista-lhe. O ódio desintegra o seu amor. Traz-lhe sofrimento e ruína. No instante do ódio, reflita um pouco: Será que ele não tinha razões para agir como o fez? Será que não está sofrendo com o ato que cometeu? Resistir ao ódio é construir o amor.

O ódio nos faz adoecer, quando o alimentamos em nosso coração não nos damos conta da proporção que ele toma em nossa vida. Ficamos mais nervosos, perdemos a paz interior, não temos bons pensamentos e consequentemente os bons sentimentos se vão, tudo porque nos deixamos levar pelo ódio, esse sentimento que só nos maltrata e vai nos corroendo intimamente, fazendo com que nos tornemos fracos e desconfiados de tudo e de todos. Aprisionamos-nos neste sentimento, que não nos leva a lugar algum, nossa mente adoece e nosso corpo também.

Alimentando o ódio dentro de nós, perdemos a conexão com o amor e com nossos melhores sentimentos, para vivermos esse sentimento que vai desgastando nosso emocional e o nosso físico, nos deixando cada vez mais doentes e apreensivos diante da vida. Devemos ter em mente que o ódio é a nossa destruição, devemos reagir e não sucumbir. Se tiveres esse sentimento dentro de você, abra seus olhos e veja como você está, veja se é feliz e se as pessoas que convivem com você são felizes.

Abra as portas do seu coração e deixe o ódio ir embora de você, permita que seu coração se desvencilhe dele, só depende de você. Busque a prece para lhe ajudar e perceba que tens uma vida inteira para propagar os seus melhores sentimentos àqueles que convivem com você. Nada justifica o ódio, reflita porque esse sentimento tomou conta de você e verá que não é necessário o ódio mais sim o perdão.”

Monsenhor André Sampaio

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Por Mauro Nascimento