“É preciso também que os homens se engajem na lutra contra o machismo, que eles se tornem conscientes e se proponham a rever suas atitudes e, o mais difícil, seus privilégios! O homem se beneficia muito do machismo. Então é essencial que ele enxergue essa camada de privilégio e aceite abrir mão dela. É preciso ser antimachista (e não apenas apoiar a luta das mulheres). Assim como é preciso ser sempre antirracista, mesmo que sejamos brancos” (Anna Coli).
Como homem, é importante reconhecer que o machismo não é apenas um problema que afeta as mulheres, mas também afeta diretamente a nós homens. A sociedade patriarcal em que vivemos nos dá muitos privilégios que muitas vezes não percebemos, como a liberdade de se vestir da forma que queremos, de escolher uma profissão sem ser questionado ou de caminhar sozinhos sem sentir medo.
No entanto, para acabar com o machismo, precisamos estar dispostos a revisar nossas próprias atitudes e reconhecer nossos próprios privilégios. Isso não significa que precisamos nos culpar ou sentir vergonha por sermos homens, mas sim que precisamos assumir a responsabilidade de mudar a maneira como interagimos com o mundo ao nosso redor.
Muitos homens podem achar que não têm nada a ver com o machismo, que não são responsáveis por suas ações ou que não têm nenhum papel a desempenhar na luta contra ele. Mas isso não poderia estar mais longe da verdade. O machismo é um sistema complexo e insidioso que permeia todas as esferas da nossa sociedade, e todos nós temos um papel a desempenhar na erradicação dele.
Isso significa que precisamos estar dispostos a ouvir as vozes das mulheres, a aprender com suas experiências e a respeitar suas perspectivas. Precisamos estar dispostos a desafiar as normas culturais que nos foram ensinadas desde a infância e a buscar ativamente maneiras de sermos aliados das mulheres.
Ser um aliado do feminismo não significa apenas apoiar as mulheres em sua luta contra o machismo. Significa também reconhecer e trabalhar ativamente para desmantelar o sistema que nos dá privilégios em detrimento das mulheres.
Em última análise, a luta contra o machismo não é apenas uma luta das mulheres, mas também uma luta dos homens. Precisamos estar dispostos a nos engajar nessa luta, a nos tornar conscientes de nossas próprias atitudes e privilégios e a trabalhar para mudar a cultura que nos cerca. É essencial que nos tornemos antimachistas, não apenas para apoiar a luta das mulheres, mas para mudar o mundo ao nosso redor para melhor.
Mauro Nascimento