Katholikos

Catolicismo de maneira inclusiva

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29 de março – Monsenhor André Sampaio

“Há muito tempo você se propõe reformar sua vida, melhorar seus atos, cessar definitivamente suas fraquezas. Vamos então começar a partir deste momento fazer sua reforma interior! Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje diz um provérbio muito conhecido… De certo você não há de resolvê-lo do dia para a noite, pois isto é quase utopia. Mas comece já, pois está tendo uma oportunidade de ouro! E se cair de novo, não desanime: saiba recomeçar quantas vezes for preciso! Deus nos dá quantas oportunidades forem necessárias para nosso crescimento humano e espiritual, o que mostra sua Paciência e Tolerância para conosco. Pense nisso e siga em frente!”

Monsenhor André Sampaio

29 de março – São Segundo de Asti

O nome Segundo pode vir de secondens, isto é, “conduzindo-se com hábitos honestos”, ou de secundans, ou seja, “obedecer às ordens do Senhor”, ou de secum dux, “ter controle sobre si mesmo”. Ou ainda, refere-se aos dois caminhos que levam à vida eterna, o primeiro o da penitência e das lágrimas, o segundo o do martírio. Ora, esse precioso mártir alcançou a vida não apenas pelo primeiro, mas também pelo segundo caminho.

Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes.

Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese. Sem que seu amigo político soubesse, Segundo teria estado com o mártir e este encontro foi decisivo para a sua conversão.

Entretanto, esta só aconteceu mesmo durante outra viagem, desta vez a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Tudo o que se sabe dessa conversão está envolto em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.

Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo, que conta como ele conseguiu atravessar a cavalo o Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia, que lhe fora entregue por Faustino e Jovita para ser dada ao bispo Marciano, antes do martírio. O Pó é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas, minúsculo apenas no nome formado por duas letras, possui mil e quinhentos metros cúbicos de volume d’água por segundo, nos seiscentos e cinquenta e dois quilômetros de extensão, um dos mais longos da Itália.

Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas, não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 30 de março do ano 119.

No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti e de Ventimilha, cujo culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico que o celebra no dia 29 de março.

Fonte: Franciscanos. Acesso em: 02 abr. 2024.

28 de março – Monsenhor André Sampaio

“A caridade começa por você mesmo, porque você não pode dar o que não tem. Os sentimentos são como os bens materiais, se você não os tiver para si, não pode dá-los aos outros. Se você tem somente um saco de pão e alguém lhe pede uma laranja, você não pode dar, pois não a tem. Se você não tiver amor e paz dentro de você, não poderá dar, pois, primeiramente, é preciso ter para si, para depois poder dar para os outros. Cada pessoa deve ser ‘apaixonada’ por si mesma, deve gostar de sua vida e estar satisfeita com o que é, mas sem ser egoísta. Se você não está satisfeito com o que é, imagine o que gostaria de ser e trabalhe para atingir seu ideal, porque quando você pensa o bem, todas as forças do Universo conspiram a seu favor. Aprenda a amar-se a si mesmo para poder saber amar aos outros. Lembre-se, você não pode dar o que não tem, por isso, se não tiver amor em seu coração, não pode dar. Se não tiver paz na sua consciência, não pode dar. Se não tiver alegria, não pode dar, e assim por diante. Esse o porquê de a caridade começar por você, depois para com os mais próximos (logicamente os que merecem e querem ajuda), e, posteriormente, para com os desconhecidos. Muitas pessoas, trabalhadores abnegados do bem, lutam incessantemente contra as forças do mal em nome de Deus; mas devem tomar cuidado para não usarem a caridade, como fuga de seus problemas. Não adianta trabalhar na caridade e não ter caridade consigo, não adianta conquistar o mundo, se não dominar a si mesmo. Não existe fé sem obras, pois a religião sem caridade é um saco vazio. A caridade é o exercício da fé; ninguém é tão pobre que não possa dar um sorriso. A caridade deve ser praticada diariamente com compromisso e disciplina, porque sem isto não há trabalho, há desordem. Deve ser feita principalmente com doação, sem esperar alguma coisa em troca, pois, se assim fizer, estará trocando e não doando. Tenha consciência de que você está trabalhando não pela sua glória, mas sim pela glória de Deus.”

Monsenhor André Sampaio

28 de março – São Xisto III, papa

Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.

Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.

Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.

Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.

Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.

Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.

Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.

Fonte: Franciscanos. Acesso em: 02 abr. 2024.

27 de março – São Ruperto

Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges irlandeses.

No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto, que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos arredores da antiga cidade romana de Juvavum.

Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste, um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria.

Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal.

São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque alí foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.

Fonte: Franciscanos. Acesso em: 02 abr. 2024.

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Por Mauro Nascimento