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Catolicismo de maneira inclusiva

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05 de abril – São Vicente Ferrer, presbítero dominicano

São Vincente Ferrer, Francesco del Cossa

“A respeito do próximo, exerça estas outras sete disposições: tenra compaixão, alegria jubilosa, tolerância paciente e perdão das injúrias, afabilidade repleta de boa vontade, respeito humilde, concórdia perfeita, doação da sua vida sob o exemplo de Jesus. Como Ele, você estará pronto para doar-se aos seus irmãos” (dos Escritos de São Vicente Ferrer).

Filho de um Tabelião de Valência, ainda antes de nascer, sua mãe teve, em sonho, um pressentimento sobre a grandeza do seu futuro.

Aos 17 anos, reconheceu sua vocação e entrou para a Ordem Dominicana. Após seu ciclo de formação, lecionou lógica, filosofia e teologia na universidade e começou a colaborar com o Cardeal aragonês, Pedro de Luna, braço direito de Clemente VII, primeiro falso papa em Avinhão e, por sua vez, futuro falso papa Bento XIII (não se deve confundir com o Pontífice romano, Bento XIII, no civil Pedro Francisco Orsini, que subiu ao trono de São Pedro em 1724).

O grande Cisma do Ocidente

Em 1378, faleceu Gregório XI, o Papa que, após 70 anos, levou novamente a sede papal de Avinhão para Roma. O sucessivo Conclave, influenciado pelo descontentamento popular, cada vez mais forte, elegeu o arcebispo de Bari, que se tornou Papa Urbano VI. No entanto, ele se mostrou logo hostil para muitos cardeais, alguns dos quais fugiram e elegeram outro Pontífice, Clemente VII, que voltou a se estabelecer em Avinhão. Daí o Cisma.

Em torno dos dois Papas, nascem dois partidos políticos: os Estados se dividem e a Europa cai em um período de profunda crise e incerteza, que durou quase 40 anos.

Em 1409, para resolver os contrastes entre os dois Papas, realizou-se um Concílio, em Pisa, no qual foi eleito um terceiro Pontífice, Alexandre V. Este foi o momento mais doloroso da história.

Somente com o Concílio de Constança, convocado em 1417, e mediante a intervenção do Imperador Sigismundo, voltou-se à unidade com o novo Papa Martinho V.

Em viagem pela Europa

Naquele contexto, em 1398, Vicente Ferrer foi o confessor do Papa Bento XIII, em Avinhão. Em sonhos, o futuro santo recebeu do Senhor a missão de partir, para pregar e evangelizar, por 20 anos, toda a Europa: da Provença ao Piemonte e Lombardia, mas, depois, voltou novamente para a França e a Espanha.

Vicente se locomovia montado em um burro, sob a chuva e o sol, o calor do verão e o inverno rigoroso; ele se protegia apenas com o hábito dominicano longo, que também cobria seus pés descalços.

Vicente começou a ser seguido por clérigos e camponeses, nobres e teólogos, homens, mulheres e crianças, aos quais pedia para seguir uma regra e usar um hábito preto e branco. O que mais os atraía era a paixão, o fogo com o qual Vicente pregava, alternando seus sermões com piadas, invectivas e anedotas de viagem.

“O anjo do apocalipse”

Enquanto a situação da Igreja piorava, as palavras de São Vicente Ferrer se tornavam proféticas, a ponto de merecer o título de “Anjo do Apocalipse”. De fato, acostumado com as visitas do demônio, Vicente falava do iminente fim do mundo e dos eventos prodigiosos que o precedem, do retorno de Elias e da necessidade de se converter para salvar a própria alma. Suas afirmações causavam temor, mas não deixava de lado a mortificação corporal, mediante o jejum contínuo e a privação do sono, para dedicar mais tempo à oração.

São Vicente Ferrer morreu como viveu – em viagem – mas já era venerado como Santo. A Ordem Dominicana o recorda em outra data: 5 de maio.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 01 abr. 2024.

04 de abril – Santo Isidoro, bispo de Sevilha e doutor da Igreja

Santo Isidoro (© BAV, Urb. lat. 179, f. 2r)

“Deus não fez todas as coisas do nada: algumas foram baseadas em alguma coisa e outras do nada. Deus criou o mundo do nada, como também os anjos e as almas”. Pode causar estupor que um Bispo, que viveu entre os séculos VI e VII e escreveu obras em latim, seja proposto como o padroeiro da Internet. Foi o que aconteceu durante o pontificado de São João Paulo II. Embora tenha faltado uma sua proclamação oficial, foi um grande reconhecimento atribuído a um dos mais prolíficos Doutores da Igreja de todos os tempos.

Quando a santidade é “de casa”

Isidoro nasceu em uma família de proveniente de Cartagena, mas logo se tornou órfão de pai. Cresceu e foi criado por seu irmão mais velho, Leandro – que o precedeu na cátedra de Sevilha – junto com outro irmão e uma irmã, que também se tornaram religiosos e, depois, venerados como Santos pela Igreja. Isto é suficiente para determinar a natureza extraordinária desta família.

Uma lenda conta que, quando o pequeno Isidoro tinha apenas um mês de vida, um enxame de abelhas voou sobre seu berço e depositou, em seus lábios, um pouco de mel: um presságio de um doce e substancial ensinamento, que, um dia, teria jorrado dos seus lábios, além da sua pena.

Não obstante, no início, Isidoro demonstrou ser um estudante preguiçoso e pouco zeloso, que, às vezes, matava aulas. Até que, quase como uma fulguração, entendeu que a constância e a boa vontade podem levar um homem bem longe.

Um episcopado de 36 anos

Ao ler as obras de Santo Agostinho e São Gregório Magno, Isidoro tornou-se o homem mais instruído da sua época e, ao mesmo tempo, também um dos Bispos mais populares e amados.

Quando seu amado irmão, Leandro, faleceu, Isidoro, que já era clérigo em Sevilha, o sucedeu no episcopado.

Ele trabalhou, arduamente, por 36 anos, difundindo a doutrina, contra as heresias do seu tempo – como o Arianismo, – convertendo os Visigodos, a ponto de até presidir o Concílio de Toledo, em 633.

Santo Isidoro deu grande importância à liturgia, encorajando o uso de hinos, cantos e orações, que constituíam o rito moçárabe, também chamado “Isidoriano”.

Defensor convicto da necessidade de os candidatos ao sacerdócio serem bem preparados e instruídos, fundou o primeiro Colégio, prelúdio dos Seminários modernos. Tudo isso, sem descuidar das práticas de piedade, a oração, a penitência e a meditação, em qualquer momento do dia.

A sabedoria humana

Na linguagem comum, costuma-se usar a hipérbole “toda a sabedoria humana”, para indicar um conhecimento exagerado, que ninguém pode entender. Mas, Isidoro consegue: escreveu muito, de tudo e sobre tudo, porque a sua curiosidade era imensa e inesgotável; a sua mente era preparada para analisar e compreender os temas mais diversos.

Com efeito, a sua obra mais famosa é intitulada Etimologias, um verdadeiro compêndio do seu conhecimento contemporâneo, considerada a primeira enciclopédia da história: era dividida em 20 volumes, separada por partes e segundo o assunto, como gramática, retórica, dialética, matemática, música, medicina, agricultura, astronomia, línguas ou teologia.

Outras obras suas foram também os Comentários sobre os livros históricos do Antigo Testamento.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 01 abr. 2024.

04 de abril – Monsenhor André Sampaio

“Ser sábio não quer dizer ser perfeito, não falhar, não chorar e não ter momentos de fragilidade. Ser sábio é aprender a usar cada dor como uma oportunidade para aprender uma nova lição. Cada erro deve ser uma ocasião para corrigir rotas, cada fracasso como uma chance para ter mais coragem… Nas vitórias, os sábios são amantes da alegria; nas derrotas são amigos da reflexão. O mais importante na vida não é o triunfo, mas a luta para o alcança-lo… o esforço diário para alcançar a santidade!”

Monsenhor André Sampaio

03 de abril – Monsenhor André Sampaio

“Não perca a esperança.

Há milhões de pessoas,

aguardando os recursos de que você já dispõe.

Não perca o bom humor,

em qualquer acesso de irritação.

Não perca a tolerância.

É muita gente a tolerá-lo,

naquilo que você ainda tem de indesejável.

Não perca a serenidade.

O problema pode não ser assim tão difícil quanto você pensa.

Não perca a humildade.

Além da planície, surge a montanha,

e, depois da montanha, aparece o horizonte infinito.

Não perca o estudo.

A própria morte é uma lição.

Não perca a oportunidade de servir aos semelhantes.

Hoje ou amanhã, você precisará do concurso alheio.

Não perca tempo.

Os dias voltam, mas os minutos são outros.

Não perca a paciência.

Recordo a paciência inesgotável de Deus.”

Monsenhor André Sampaio

03 de abril – São Sisto I, papa

São Sisto I, Basilica di san Paolo fuori le mura

Sisto era filho de dois pastores, provenientes da VII região da Cidade, chamada Via Lata, perto da atual Via do Corso, onde ainda existe uma rua com este nome. Na realidade, seu verdadeiro nome era “Xystus”, provavelmente de origem grega, que podia ser confundido com sexto, erroneamente avaliado, também porque foi o sétimo Papa, ou seja, o sexto depois de São Pedro.

O sexto pontificado depois de Pedro

Eleito, por volta do ano 115, algumas regras de culto, muito importantes, foram, certamente, atribuídas a ele. Por exemplo, decidiu que, durante a consagração, ninguém, além dos ministros de culto, podia tocar o cálice sagrado e a patena; ele também introduziu na Missa que, após o Prefácio, a oração do “Santo” fosse recitada em forma conjunta, entre o sacerdote e a assembleia; ao que parece, também a fórmula final do “Ite Missa est“, embora não seja confirmada historicamente.

Ele estabeleceu, porém, com certeza, que os Bispos, que visitassem a Santa Sé, deviam voltar para as suas dioceses com uma Carta do Papa, que comprovava a sua plena comunhão com o Sucessor de Pedro.

Não é certeza, enfim, que tenha sido ele a introduzir o uso da água no rito Eucarístico e da água benta para as abluções.

No entanto, foram-lhe atribuídas duas Cartas de cunho doutrinário: uma, sobre a SS. Trindade; a outra, sobre a Primazia do Bispo de Roma, que alguns, todavia, consideram apócrifa.

Durante o Pontificado de Sisto, tiveram início, provavelmente, as primeiras divergências com as Igrejas Orientais, enquanto parece ter sido ele a enviar os primeiros missionários para evangelizar a Gália, entre os quais São Peregrino.

Equívoco sobre o martírio e as relíquias

São Sisto faleceu, por volta do ano 125, provavelmente decapitado. No início, fora indicado como mártir. No entanto, uma vez que não são se tinham detalhes sobre o seu martírio, o Calendário Universal da Igreja não o inclui, hoje, entre os mártires. No começo, foi sepultado na necrópole vaticana; dez séculos depois, seus restos mortais foram transladados para Alatri. Desde então, a cidade de Frusinate contende, com a vizinha Alife – hoje na região de Caserta – São Sisto como padroeiro.

Na realidade, as relíquias do seu corpo, segundo as últimas revelações, são conservadas em ambas as cidades; outras, também atribuídas a São Sisto, encontram-se na homônima igreja na Via Ápia, em Roma, e até em uma teca, em uma Capela da Catedral da Assunção, em Savona, doada à cidade pelo Papa Paulo V.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 01 abr. 2024.

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Por Mauro Nascimento