Catolicismo de maneira inclusiva

Categoria: Opinião (Página 12 de 14)

O debate sobre a Taxa Selic: reflexões e perspectivas para uma economia mais justa

A taxa Selic é um tema complexo, mas que afeta diretamente a vida financeira de todos nós brasileiros. É uma ferramenta utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação e regular a economia do país. No entanto, a aplicação dessa taxa tem gerado polêmicas e discussões sobre sua eficácia e consequências sociais.

O fato é que a taxa Selic, ao influenciar todas as outras taxas de juros do país, acaba por afetar de maneira mais significativa os mais pobres. Isso porque essas pessoas têm menos acesso a investimentos financeiros e mais necessidade de recorrer a empréstimos e financiamentos para suprir suas necessidades básicas.

Por outro lado, os mais abastados, que têm mais recursos para investir em aplicações financeiras, acabam por se beneficiar com as altas taxas de juros. Isso faz com que a desigualdade social no Brasil se acentue ainda mais.

É importante lembrar que a Selic é uma ferramenta importante para controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica do país. No entanto, é necessário que sejam feitas análises mais profundas sobre seus efeitos sociais e como é possível mitigar os impactos negativos para os mais vulneráveis.

É preciso buscar alternativas e soluções que garantam a estabilidade econômica, mas que também sejam justas socialmente. A taxa Selic não pode ser vista apenas como um número econômico, mas como uma ferramenta que afeta diretamente a vida das pessoas e que pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Mauro Nascimento

Referência:

O que é Taxa Selic e como ela afeta seu dinheiro? Acesso em: 25 abr. 2023.

Celebrando a literatura: reflexões sobre o Dia Mundial do Livro

Hoje é Dia Mundial do Livro, uma data que é celebrada em todo o mundo para homenagear a literatura e aqueles que a criam. É um dia que nos lembra da importância da leitura, da escrita e da preservação da cultura. A data marca a morte de alguns dos maiores escritores da história, como William Shakespeare, Miguel Cervantes e (Inca) Garcilaso de la Vega, em 1626, que deixaram um legado inestimável para a humanidade.

A comemoração foi instituída pela UNESCO em 1995, durante a 28ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A escolha do dia 23 de abril para a celebração não foi por acaso. Essa data tem uma tradição catalã relacionada aos livros que parece ter influenciado a decisão da UNESCO. No Dia de São Jorge, que é comemorado no dia 23 de abril, era costume dar uma rosa para quem comprasse um livro, e, assim, trocar flores por livros tornou-se tradição ainda vigente em alguns países.

Além de celebrar os livros e seus autores, o Dia Mundial do Livro também é o Dia dos Direitos do Autor. Essa data visa a proteger a imagem dos autores e de suas obras, garantindo os benefícios comerciais de tais criações. Isso é importante porque muitas vezes os autores não recebem o reconhecimento ou a remuneração adequada pelo seu trabalho. Essa proteção é essencial para garantir que os autores possam continuar a criar e a compartilhar suas ideias com o mundo.

O livro é uma das maiores invenções da humanidade. Ele nos permite viajar para lugares distantes, conhecer pessoas diferentes e experimentar realidades que não são nossas. Os livros nos ensinam, nos inspiram e nos desafiam. Eles são uma fonte inesgotável de conhecimento e entretenimento. No Dia Mundial do Livro, é importante lembrar a importância da leitura e do papel que os livros desempenham em nossas vidas.

No entanto, em um mundo cada vez mais digital e imediatista, muitas vezes negligenciamos a importância da leitura. É fácil ficar preso nas redes sociais, nas notícias do dia a dia e nos programas de TV, mas é importante lembrar que os livros são uma forma única de nos conectarmos com o mundo e com nós mesmos.

Então, neste Dia Mundial do Livro, vamos celebrar os livros e seus autores, lembrar a importância da leitura e do conhecimento e nos comprometer a ler mais. Vamos dar uma chance aos livros, explorar novos gêneros e autores e abrir nossas mentes para novas ideias e perspectivas. Afinal, como disse uma vez o escritor Jorge Luis Borges: “Eu sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.”

Mauro Nascimento

Referência:

Publicação no perfil do Facebook de José Antônio de Ávila. Acesso em: 23 abr. 2023.

A segurança ilusória da escuridão

A escuridão pode ser um refúgio para alguns, um lugar onde não precisam se expor ou se arriscar. Na escuridão, não é necessário tomar decisões ou fazer escolhas. É um lugar onde a inércia pode ser justificada e até mesmo incentivada. No entanto, essa imobilidade pode ser uma armadilha perigosa, que pode nos impedir de crescer e evoluir como seres humanos.

Por outro lado, a luz é um símbolo de vida e crescimento. A luz traz consigo uma energia vital que pode nos inspirar e motivar a agir. No entanto, essa luz não é gratuita. Ela exige esforço e dedicação. É preciso investir tempo e energia para alcançar a luz. É preciso estar disposto a sair da zona de conforto e enfrentar os desafios que a vida nos apresenta.

Viver na escuridão é fácil porque não há nenhuma pressão para mudar ou crescer. É uma zona segura, onde podemos nos esconder da vida e de nós mesmos. Mas essa segurança é ilusória, pois a vida é um fluxo constante de mudança e crescimento. Aqueles que ficam presos na escuridão correm o risco de serem deixados para trás.

Por outro lado, a luz pode ser intimidadora para alguns. A luz exige que sejamos vulneráveis e nos exponhamos. Exige que enfrentemos nossos medos e assumamos riscos. Mas essa vulnerabilidade é o que nos permite crescer e evoluir. É o que nos permite encontrar significado e propósito em nossas vidas.

Então, como escolhemos viver? Na escuridão, onde podemos ficar seguros e imóveis? Ou na luz, onde podemos crescer e evoluir? A escolha é nossa. Podemos escolher o caminho fácil ou o caminho difícil. Podemos escolher a inércia ou a ação. Podemos escolher a estagnação ou o crescimento. A escolha é nossa, mas é uma escolha que deve ser feita com sabedoria e coragem.

Mauro Nascimento

38 anos sem Tancredo Neves: o que aprendemos com sua trajetória

“As alvoradas da liberdade não surgem como um acontecimento natural. As manhãs da liberdade se fazem com a vigília corajosa dos homens que exorcizam com sua fé os fantasmas da tirania” (Tancredo Neves).

Há 38 anos, o Brasil perdia um dos seus grandes líderes políticos, Tancredo de Almeida Neves. Homem de visão, habilidade e coragem, Tancredo se destacou por sua luta incansável pela democracia, pela justiça social e pelo desenvolvimento do país.

Em um país que ainda sofria com as sequelas da ditadura militar, Tancredo emergiu como uma figura de esperança, capaz de unir diferentes correntes políticas em torno de um projeto comum de mudança. Sua eleição como presidente da República, em 1985, representou um marco histórico na trajetória do Brasil, simbolizando a retomada da democracia e o fim de um período sombrio de repressão e violência.

Mas a trajetória de Tancredo não foi fácil. Ele enfrentou muitos obstáculos e perseguições ao longo da sua carreira política. No entanto, sua coragem e determinação nunca se abalaram, e ele continuou lutando pelos seus ideais mesmo nos momentos mais difíceis.

A frase de Tancredo Neves que abre este texto é emblemática. Ela destaca que a liberdade não é algo que surge naturalmente, como um presente dos deuses. Pelo contrário, a liberdade é conquistada com esforço, com coragem, com vigília constante. É preciso exorcizar os fantasmas da tirania, enfrentar os medos e as incertezas, para que as alvoradas da liberdade possam surgir.

Hoje, mais do que nunca, essas palavras de Tancredo são importantes. Vivemos em um mundo em que as liberdades democráticas estão ameaçadas por diferentes forças, sejam elas autoritárias, fundamentalistas, ou simplesmente indiferentes aos valores da democracia. É preciso estar vigilante, estar atento aos perigos que nos cercam, para que não percamos aquilo que Tancredo lutou tanto para conquistar.

38 anos após sua morte, Tancredo de Almeida Neves ainda é uma referência para todos aqueles que lutam por um mundo mais justo, mais livre e mais solidário. Sua falta é sentida, mas seu legado continua vivo, inspirando gerações a lutar por um futuro melhor.

Mauro Nascimento

O livro como extensão da memória e da imaginação

“De todos os instrumentos do homem, o mais impressionante é, sem dúvida, o livro. Os outros são extensões de seu corpo. O microscópio, o telescópio, são extensões de sua visão; o telefone é a extensão da voz; então, temos o arado e a espada, as extensões do braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação” (Jorge Luís Borges).

Ao longo dos séculos, o homem tem utilizado diversos instrumentos para expandir suas capacidades e explorar o mundo ao seu redor. Desde o simples bastão de madeira até as sofisticadas tecnologias da era digital, o ser humano sempre procurou ampliar seus sentidos e potencializar sua força física. No entanto, há um instrumento que se destaca como um dos mais impressionantes e fascinantes de todos: o livro.

Para Jorge Luís Borges, o livro é diferente dos demais instrumentos porque é uma extensão da memória e da imaginação. Enquanto outros utensílios ampliam a visão, a voz ou o braço, o livro expande o conhecimento e a criatividade. Através das palavras impressas nas páginas, o leitor tem acesso a uma infinidade de ideias, histórias e pensamentos que jamais seriam possíveis de serem contidos em sua mente.

De fato, o livro é uma ferramenta poderosa que permite ao leitor viajar através do tempo e do espaço, conhecer diferentes culturas e perspectivas, e experimentar novas formas de ver e entender o mundo. Além disso, o livro também pode ser um meio de comunicação entre as gerações, transmitindo conhecimentos e sabedoria acumulados ao longo dos séculos.

Entretanto, para que o livro possa cumprir sua função de extensão da memória e da imaginação, é preciso que haja leitores dispostos a se entregarem à experiência da leitura. Infelizmente, vivemos em uma época em que muitas pessoas estão cada vez mais afastadas dos livros, seja por falta de tempo, interesse ou acesso.

Porém, é preciso lembrar que o livro não é apenas uma fonte de entretenimento ou um objeto de decoração. Ele é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento humano, capaz de ampliar nossas capacidades mentais e emocionais, além de nos proporcionar momentos de reflexão e inspiração.

Em resumo, o livro é um instrumento único e precioso que nos permite expandir nossos horizontes e explorar novos universos. Seja como fonte de conhecimento, entretenimento ou inspiração, ele é uma extensão da nossa mente e da nossa imaginação, capaz de nos levar a lugares que jamais poderíamos imaginar.

Mauro Nascimento

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Por Mauro Nascimento