Catolicismo de maneira inclusiva

Categoria: Monsenhor André Sampaio (Página 15 de 73)

29 de janeiro – Monsenhor André Sampaio

“Na psicologia, o caráter é a definição da personalidade de uma pessoa. É a forma predominante de agir de cada um; é individual, o resultado da junção de todos os seus traços comportamentais. O caráter também pode ser chamado de índole, temperamento ou natureza de uma pessoa.

As qualidades (boas ou más) de uma pessoa é que determinam seu caráter. A palavra caráter não designa apenas o bom caráter; ela faz referência ao somatório das virtudes e vícios de uma pessoa. Porém, é muito comum que se diga que alguém de má índole tem falta de caráter.

O caráter de uma pessoa pode ser definido com base na sua maneira de agir e de reagir às situações da vida.

Uma pessoa de boa índole pauta suas atitudes segundo as normas da moral do local e época em que vive. Uma pessoa de caráter tem firmeza e coerência de atitudes, tem firmeza nas suas escolhas. O contrário é o indivíduo mau-caráter.

É sintomático do caldo de cultura nacional a apologia da malandragem. Diante das vísceras expostas da safadeza e frouxidão ética que infectam a República nos três níveis do poder e se ramificam por toda a sociedade, frutos podres da malandragem institucionalizada no País, dá profunda tristeza, imensa indignação ouvir a exaltação da malandragem, opondo-a com desdém ao seu oposto sociológico, o desprezível Mané. Diz ele: ‘Malandro é malandro, mané é mané’.

Diz o Dicionário Aurélio: ‘Malandro é o indivíduo dado a abusar da confiança dos outros, que não trabalha e vive de expedientes, preguiçoso, mandraço, mandrião, patife, velhaco; gatuno, ladrão, esperto, matreiro, astuto, vivo’.

Malandro é o sujeito dotado de inominável cara-de-pau, dono de destruidor sorriso sardônico e um imbatível sarcasmo, sempre tranqüilo, boa praça, dono da situação e senhor da razão, que não liga pra o que ocorre em volta, rei da trapaça, do trambique, sem limites ou respeito à ética, às conveniências, às leis: ele é a lei, tripudia sobre os bons costumes, contanto que vença, não importa o preço a pagar.

A malandragem é uma patologia ética, desvio de caráter ético na busca do bem comum, na política sadia: cegueira e cinismo ético-político, insensibilidade ao bem comum caracterizam o malandro. Ensinar a safadeza também é ensinar. A malandragem também se aprende. E muitas vezes é mais fácil aprender os meandros da corrupção, da malandragem, dos atos indizíveis… do que aprender o valor humano, o valor da solidariedade, o valor da participação.”

Monsenhor André Sampaio

28 de janeiro – Monsenhor André Sampaio

“A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração, sorrir para as pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam, calar-me para ouvir, aprender com meus erros, afinal, eu posso ser sempre melhor! Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar, a abrir minhas janelas para o amor. E não temer o futuro, a lutar contra as injustiças. Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade. Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar.”

Monsenhor André Sampaio

27 de janeiro – Dia Internacional da Memória do Holocausto

NÃO HÁ IMAGEM NENHUMA CAPAZ DE TRANSMITIR O QUÃO HORRÍVEL FOI A SHOAH 

“O século passado foi testemunha de uma indizível tragédia, que jamais poderá ser esquecida: a tentativa do regime nazista de exterminar o povo judaico, com o consequente morticínio de milhões de judeus. Homens e mulheres, adultos e jovens, crianças e recém-nascidos, só porque eram de origem judaica, foram perseguidos e deportados. Alguns foram trucidados imediatamente, outros foram humilhados, maltratados, torturados, privados completamente da sua dignidade humana e, por fim, mortos. Pouquíssimos de quantos foram internados nos campos de concentração sobreviveram, e ficaram aterrorizados durante a vida inteira. Este foi o Shoah: um dos principais dramas da história deste século, um facto que ainda hoje nos diz respeito.

Que a nossa tristeza pelas tragédias que o povo judaico sofreu no século passado leve a novas relações com esse povo. Desejemos transformar a consciência dos pecados do passado em firme empenho por um novo futuro, no qual já não haja sentimento antijudaíco entre os cristãos, nem sentimento anticristão entre os judeus, mas sim um respeito recíproco compartilhado, como convém àqueles que adoram o único Criador e Senhor e têm um comum pai na fé, Abraão.

Por fim, os homens e as mulheres de boa vontade são convidados a refletirem profundamente sobre o significado do Shoah. As vítimas desde os seus túmulos, e os sobreviventes através do vívido testemunho de quanto sofreram, tornaram-se um forte clamor que chama a atenção da humanidade inteira. Recordar este terrível drama significa tomar plena consciência da advertência salutar que ele comporta: às sementes infectadas pelo antijudaísmo e pelo antissemitismo jamais se deve consentir que lancem raiz no coração do homem.”

Monsenhor André Sampaio

27 de janeiro – Monsenhor André Sampaio

“Quando temos corações limpos e mentes limpas, e lideramos pelo exemplo, isto se manifestará através dos atos que realizamos. As pessoas em contato se sentirão inspiradas em seguir a direção positiva que indicamos. Se eu tenho amor por honestidade será esta qualidade que as pessoas ao meu redor apreciarão. Eles virão até mim por causa dessa qualidade. Se no mundo físico os opostos se atraem, na dimensão espiritual os semelhantes é que se atraem. Seja sinal do amor de Deus aos seus irmãos…”

Monsenhor André Sampaio

26 de janeiro – Monsenhor André Sampaio

“Jesus lhe perguntou: ‘O que queres que eu te faça?’ O cego respondeu: ‘Mestre, que eu veja!’ Jesus disse: ‘Vai, a tua fé te curou’. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho” (Mc 10,51-52).

“Devemos ter muito cuidado com o fanatismo. Qualquer forma de extremismo demonstra desequilíbrio dos envolvidos. Não podemos nos deixar levar pelo fanatismo religioso, político, por esportes e por tantos outros motivos. O fanatismo nos leva à cegueira, ou seja, não conseguiremos enxergar a realidade, passando a viver num mundo à parte e irreal. Fanatismo é doença grave que pode acometer milhões de pessoas no mundo. O fanatismo leva a intolerância, à intransigência, ao absolutismo, à cegueira e à ignorância, culminando com a violência. Diariamente ouvimos notícias sobre guerras que não têm fim, violência, muita dor e sofrimento, envolvendo inclusive pessoas inocentes. Essas guerras de toda ordem têm como causa o fanatismo. Por tudo isto, procuremos passar todos os fatos e tudo o que os outros nos falam pelo crivo da razão. Busquemos a lógica e o sentido naquilo que muitos pregam mundo afora. Em qualquer questão que se apresente a nós, tenhamos em mente que aqui nesta vida estamos todos em aprendizado, em santificação, e que não existe alguém que tenha o pleno conhecimento da verdade. Só Deus tem este pleno conhecimento! O que não podemos admitir em qualquer circunstância é o extremismo e a intolerância, filhos do fanatismo. É absurdo, mas o fanatismo se encontra até mesmo onde só haveria razão para alegria e diversão, como nos jogos de futebol por exemplo. Meus irmãos pensem nisso: fanatismo é doença mental, que torna as pessoas alienadas da realidade. Somente com Deus no coração poderemos nos ver livres das amarras das ilusões do mundo e especialmente do fanatismo. Peçamos que Deus nos livre da cegueira do fanatismo! Para que o nosso Divino e querido Mestre Jesus nos diga: ‘Vai, a tua fé te curou’! E livres da cegueira do fanatismo o sigamos com alegria!”

Monsenhor André Sampaio

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Por Mauro Nascimento