Catolicismo de maneira inclusiva

Autor: Katholikos (Página 71 de 167)

25 de outubro – Monsenhor André Sampaio

“Não desista de sorrir,

não desista de lutar,

não desista de ser feliz,

não desista de sonhar,

não desista do amor,

não desista do perdão,

não desista das pessoas,

não desista daqueles que chamamos de irmão,

não desista de viver,

não desista de acreditar,

não desista dos seus objetivos,

nunca desista de pensar, porém, temos uma advertência a fazer; só uma desistência poderemos aceitar de você; se for para desistir, então desista de ser fraco! Lembre-se muito bem: Antes de tudo, DEUS NÃO DESISTIU NEM VAI DESISTIR DE VOCÊ!”

Monsenhor André Sampaio

24 de outubro – Santo Antônio Maria Claret, bispo, fundador da Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado da Virgem Maria

Santo Antônio Maria Claret

Antônio nasceu em Sallent, uma cidadezinha próxima de Barcelona, em 1807, em uma família numerosa, onde foi educado de modo profundamente cristão. Distinguiu-se logo pela sua devoção à Virgem Maria e à Eucaristia, mas, como em todas as famílias numerosas, teve que dar uma mão. Por isso, dedicou-se à atividade de tecelão, junto com seu pai. Porém, sabia bem que o seu lugar não era aquele.

Encontrou seu caminho

Em 1829, finalmente, Antônio conseguiu entrar para o Seminário de Vich. Em 1835, foi ordenado sacerdote e foi para Roma, com a ideia de partir como missionário. No início, recorreu à Propaganda Fide, o Dicastério vaticano encarregado das Missões. Porém, ali, pôde apenas fazer um curso de Exercícios espirituais, com um pregador Jesuíta, que o encaminhou à Companhia de Jesus. Assim, começou a fazer o Noviciado, mas, acometido por uma doença, teve que voltar para a Espanha, onde passou sete anos fazendo pregações por toda a Catalunha e nas Ilhas Canárias, ficando conhecido como taumaturgo. Na verdade, Antônio tinha um talento excepcional de orador e atraía a atenção pela sua vida ascética impecável: apresentava-se sempre a pé, como peregrino, com a Bíblia e o Breviário nas mãos. Em 1849, decidiu fundar uma nova Congregação de missionários, que a consagrou à Virgem, chamada “Filhos do Imaculado Coração de Maria”, que sofrerão muito durante a guerra civil espanhola, tanto que 271 deles se tornaram mártires da fé.

Em missão, como pastor em Cuba

Finalmente, seu sonho de ser missionário tornou-se realidade. Ao ser nomeado arcebispo de Santiago de Cuba – que, na época, estava sob a jurisdição da Coroa da Espanha – em 1851, partiu para a capital cubana, onde encontrou uma diocese desorganizada, devido à longa ausência de um pastor: clero reduzido e despreparado, seminário em ruínas, igrejas abandonadas. Então, arregaçou logo as mangas: convocou um Sínodo diocesano, estabeleceu a obrigação aos sacerdotes de fazer exercícios espirituais, chamou de volta os religiosos expulsos do país e, sobretudo, percorreu toda a extensão do seu território, visitando até os recantos mais recônditos. O novo Arcebispo dedicou-se à pobreza galopante, que o levou a fazer inimigos: em Holguin, foi atacado e ferido. Não obstante, em Cuba, em 1855, com a ajuda da venerável Maria Antónia Paris, fundou o ramo feminino da Congregação: as “Religiosas de Maria Imaculada” também chamadas “Missionárias Claretianas”.

Retorno à Europa e últimos anos de vida

Em 1857, a Rainha da Espanha convocou Antônio para voltar a Madrid, que teve que obedecer, para ser seu Confessor. Ligado à monarquia espanhola, seu destino mudou: em 1868, foi exilado, com a rainha, para Paris, onde continuou as suas pregações; em Roma, participou do Concílio Vaticano I, no qual defendeu a infalibilidade do Pontífice; enfim, refugiou-se no mosteiro de Fontfroide, em Narbona, na França, onde faleceu em 1870. Durante o rito de Canonização, presidido por Pio XII, em 8 de maio de 1950, o Papa destacou os seguintes aspectos da sua vida: “Era, aparentemente, modesto, mas também capacíssimo de impor respeito aos grandes terra… Entre tantas outras coisas maravilhosas, que iluminavam suavemente seus feitos, era um grande devoto da Mãe de Deus”.

Oração pela intercessão de Santo Antônio Maria Claret:

“Senhor, que fizestes de Santo Antônio Maria Claret, nosso Pai, um zeloso apóstolo da glória de Deus e da salvação dos homens, concedei-nos a sua caridade ardente, que abrasava seu coração, para continuarmos, com intensidade e eficácia, sua obra apostólica.
Fazei que seus filhos e seguidores se multipliquem e sejam fiéis, para trabalhar pelo Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo,
de tal modo que, no momento da nossa morte, possamos ser reconhecidos como “servos bons e fiéis” de Cristo e do Evangelho. Amém”.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 20 out. 2023.

24 de outubro – Monsenhor André Sampaio

“O que é difícil? O que é fácil? É apenas uma questão de percepção e atitude. Seja qual for o trabalho  a ser feito ou a tarefa a ser realizada, encare-os como um compromisso com a excelência. Em geral, isso só requer um esforço um pouco maior, do que você normalmente faria. Quando você está apenas fazendo um trabalho, este pode ser tedioso e difícil. No entanto, quando você o faz com excelência, mesmo que o esforço seja maior, ele não parece tão difícil. De fato, o que com frequência torna o trabalho difícil, é a relutância em fazê-lo. Quando você encara seu trabalho como uma oportunidade de alcançar a excelência, ele se torna mais do que apenas um trabalho. Seja qual for a tarefa, ela é uma oportunidade para você se expressar e dar o seu melhor. O fato é que existe um trabalho a ser feito. E você tem uma escolha: você pode encará-lo como uma irritação, e se atormentar enquanto o faz ou enxergá-lo como uma oportunidade, de alcançar a excelência e sentir a satisfação, de ter criado algo valioso.”

Monsenhor André Sampaio

23 de outubro – Monsenhor André Sampaio

“Perdemos muito tempo remoendo dores e desilusões em busca de uma absolvição por sermos vítimas das circunstâncias, enquanto que o melhor papel que podemos fazer na vida é encarar as dificuldades e renovar as forças para continuar.

De nada adianta ficar lamentando erros e não corrigi-los nem tão pouco alimentá-los dentro do coração, somos todos capazes de superar qualquer dor, qualquer desilusão porque temos o amparo do Alto sempre que necessitarmos de ajuda.

Corrigir os defeitos não é tarefa fácil, pois temos que abrir mãos das más tendências que nos acompanham, mas nada é impossível diante da determinação que colocamos em tudo que vamos fazer. Deixar de lado sentimentos que nos levam ao desequilíbrio e aos enganos da vida depende única e exclusivamente de cada um de nós. Mas é uma tarefa individual, pessoal e intransferível.

O tempo não cura perdas, não sara machucados internos. A perseverança em prosseguir, a reflexão da dor/perda e a habilidade de enxergar as tragédias da vida como sendo um episódio de aprendizagem, são que estimulam e capacitam, nós seres humanos, a continuar a viver. O tempo apenas mostra que, com o auxílio dos métodos que amenizam e que, às vezes, curam feridas da alma, somos aptos a finalizar uma etapa da vida e escrever um novo capítulo para a nossa história.

Sejamos atentos aos sentimentos que estamos guardando em nosso coração e principalmente o que estão causando para a nossa vida, pois muitas vezes para nos livrarmos desses sentimentos basta uma mudança em nossa conduta de vida porque podemos sim, renovar sentimentos e pensamentos juntamente com as ações para conosco e para com o próximo.”

Monsenhor André Sampaio

23 de outubro – São Severino Boécio, filósofo romano e mártir

São Severino Boécio em uma ilustração do século XII, De institutione musica, Cambridge University

Há pessoas que buscam a verdade por toda a vida, mas há outros que até estão dispostos a morrer, como mártires, pela única Verdade. Mânlio Torquato Severino Boécio pertencia a esta segunda categoria. Descendente da nobre família Anício, foi cônsul e filósofo romano, venerado como santo pela Igreja. Severino é considerado o fundador da Escolástica medieval: seu pensamento já era conhecido por Dante Alighieri, que o chamava “alma santa”.

Prisão injusta

Severino Boécio, descendente de uma importante família patrícia, tinha uma carreira promissora: aos 25 anos já era Senador e, depois, único cônsul, desde 510. Casou-se com Rusticiana com a qual teve dois filhos, que, sucessivamente, em 522, também foram cônsules. Em 497, Roma foi invadida pelos Ostrogodos de Teodorico. Na época, Boécio destacava-se entre os romanos cultos, que acreditavam na coexistência e na possibilidade de um encontro entre as duas culturas. No início, Teodorico o estimava e lhe pedia conselhos, porque, tendo escrito muito sobre lógica, matemática, música e teologia, era um homem influente na sociedade de então. Porém, aconteceu que, por defender um amigo, o senador Albino, Severino Boécio foi acusado de corrupção, pelo próprio Teodorico, que – como Ariano e Bárbaro – temia que ele tivesse maior propensão pelo imperador bizantino, Justiniano. Por este motivo, foi exilado e encarcerado em Pavia, onde foi executado em 23 de outubro de 524.

Consolação do pensamento

Na penitenciária, Severino Boécio sabia que estava cumprindo uma sentença injusta, por isso buscava luz, consolação, sabedoria. Tudo começou com uma reflexão sobre a justiça humana, na qual, muitas vezes, havia muitas injustiças reais, como no seu caso. Daí, continuou a escrever: na prisão se dissipam os bens aparentes, mas abrem alas aos bens autênticos, como a amizade ou o Bem superior ou Sumo Bem, que é Deus. Deus não o abandonou e não lhe permitiu cair no fatalismo e aniquilar a esperança; pelo contrário, ensinou-lhe que a Providência, que tem um rosto, governa o mundo. Assim, o condenado à morte podia dialogar com o rosto de Deus, através da oração, e alcançar a salvação. Eis, em poucas palavras, o conteúdo de sua obra-prima, “De consolatione philosophiae”. Nesta obra, utilizando um gênero literário amado pela antiguidade tardia, recorreu à consolação do pensamento, como recurso para o seu drama existencial. Dito isso, a consolação de Deus veio logo ao seu encontro: em primeiro lugar, quem estava só, consigo mesmo, não podia se definir em exílio; a seguir, começou a pensar, não no que havia perdido, mas no que lhe restava. Daí, passou a compreender que a felicidade só pode ser encontrada com a sua projeção para o infinito, ou seja, na dimensão própria de Deus. Da mesma forma, a liberdade do homem se realiza somente quando ele permanece vinculado ao plano que a Providência lhe reservou. Logo, jamais deveria se conformar com a condição de sofrimento em que se encontrava, mas tender, sempre e a todo custo, ao Sumo Bem, a Deus. Eis o ensinamento mais autêntico de todos os mártires!

Fonte: Vatican News. Acesso em: 20 out. 2023.

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Por Mauro Nascimento