O Martirológio Romano faz hoje memória da veneração aos pais de São João Batista, elogiados no próprio Evangelho: “Ambos eram justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor” (Lc 1,6).

O Evangelho de São Lucas relata que havia no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eles viviam na aldeia de Ain-Karim e tinham parentesco com a Sagrada Família de Nazaré.

Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Zacarias e Isabel eram um casal de idosos e infelizmente Isabel era estéril. Mas, como tudo nesta vida, a divina Providência permitiu esta limitação – vista como castigo de Deus na cultura judaica – para dela tirar um bem muito maior, e com ele o reconhecimento de Isabel: o anjo do Senhor apareceu ao velho sacerdote Zacarias no templo e lhe disse que sua mulher teria um filho, o qual seria chamado de João. Zacarias inicialmente se manteve incrédulo e para que pudesse crer precisou de um sinal: ele ficou mudo até o nascimento do filho.

O casal recebeu ainda a graça da visita de Nossa Senhora, que “com pressa” foi auxiliar Isabel durante a sua gravidez. Desta santa visita vieram as inspirações para as palavras de Santa Isabel à Virgem, nas quais está incluído um trecho da oração universal Ave Maria (“…bendita és Tu entre as mulheres, e bendito é o Fruto do Teu seio…”) e a resposta de Maria, o hino Magnificat (“Minha alma engrandece o Senhor…”), oração especialíssima utilizada na Liturgia e fonte de meditação profunda e necessária para os católicos (cf. Lc 1,39-56).

Fonte: A12. Acesso em: 03 nov. 2023.