O caso de estupro ocorrido em 1987 em Berna, na Suíça, envolvendo jogadores do Grêmio, tem sido trazido à tona novamente com as declarações do treinador Cuca, que afirmou não se lembrar dos fatos. Essa afirmação é preocupante, especialmente porque seu sêmen foi identificado no corpo da vítima. Para refrescar sua memória, o Blog do Paulinho publicou trechos relevantes da cobertura da época, incluindo falas repulsivas atribuídas a Cuca.
Essa situação é profundamente lamentável e revela a falta de responsabilidade e compromisso com a justiça que alguns indivíduos têm. O fato de Cuca ter “esquecido” o que aconteceu é alarmante, mas também é um sinal da cultura do esquecimento que permeia muitos setores da sociedade brasileira. Infelizmente, a impunidade em casos de violência sexual é comum e isso precisa mudar.
Como torcedor do Atlético MG, me sinto envergonhado por ter apoiado Cuca em sua passagem pelo time, independentemente dos títulos conquistados. Afinal, não podemos fechar os olhos para atitudes tão graves como essa. É necessário que a sociedade como um todo reflita sobre a importância de combater a violência sexual e garantir que os agressores sejam responsabilizados por seus atos.
Além disso, é fundamental que o futebol brasileiro, como um dos principais símbolos culturais do país, assuma uma postura firme no combate à violência sexual. Os clubes e as entidades esportivas precisam implementar políticas efetivas de prevenção e de combate a esse tipo de violência, e não podem aceitar que jogadores, treinadores ou qualquer outro membro envolvido no esporte cometam atos tão abomináveis.
É necessário que a sociedade como um todo se mobilize para erradicar a violência sexual, e o caso de Cuca é um exemplo claro de como essa questão ainda é negligenciada no Brasil. Precisamos exigir justiça e responsabilização dos agressores, e lutar para que todas as vítimas de violência sexual sejam ouvidas, respeitadas e amparadas.
Mauro Nascimento