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24 de setembro – São Pacífico de São Severino, sacerdote franciscano

Pacífico

Nascido em San Severino Marche em 1º de março de 1653, aos 17 anos de idade, após concluir seus estudos, abraçou a vida religiosa entre os Frades Menores, no santuário de Forano. Completou seus estudos de filosofia e teologia e em 4 de junho de 1678 foi ordenado sacerdote. Após um período inicial de ensino no convento de Montalboddo, onde também atuou como pregador, teve que parar devido a problemas de saúde. Em 1684, foi transferido para Urbino e dois anos depois, em 1686, nomeado vigário do convento de San Severino Marche; ele então alternaria sua presença e serviço entre o convento de San Severino e o de Forano. Somente em 1705 ele residiria definitivamente em San Severino Marche, onde, devido à sua saúde precária, não poderia fazer muito: surdo, quase cego e com uma perna doente. Em 11 de junho de 1721, o bispo Alessandro Calvi o visitou e ouviu Pacifico dizer: “Monsenhor! Para o paraíso! Para o Paraíso!”. Naquela mesma noite, o bispo ficou doente e morreu em 25 de julho. Enquanto isso, em 5 de setembro de 1721, sua perna sarou, mas febres fortes o forçaram a permanecer na cama. Ele morreu aos sessenta e oito anos, em 24 de setembro de 1721.

Sua vida foi marcada por intensa espiritualidade: ele se confessava diariamente, a celebração da santa missa durava várias horas devido às frequentes êxtases, o que levou seus companheiros a não acreditarem nele e a humilhá-lo.

Muitas pessoas participaram de seu funeral; após a celebração, seu corpo foi enterrado em uma sepultura comum, sem caixão. No entanto, muitos milagres foram atribuídos a ele, a ponto de, em 1725, seus restos mortais terem sido exumados e colocados em um caixão de madeira que foi colocado em um altar lateral da igreja adjacente ao convento. Pio VI o declarou beato em 1786 e em 1839 Gregório XVI o proclamou santo.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 20 set. 2023.

13 de junho – Santo Antônio de Pádua, sacerdote franciscano e doutor da Igreja

Santo Antônio de Pádua, século XVII (© Musei Vaticani)

Seu nome de batismo é Fernando. Nasceu em Lisboa, Portugal, por volta do dia 15 de agosto de 1125, no seio de uma nobre família. Com 15 anos, entra para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Preparou-se para o sacerdócio no mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Sendo ordenado sacerdote, com 24 anos de idade, foi encaminhado à carreira de filósofo e teólogo. Mas, desejava uma vida religiosa mais severa. A reviravolta deu-se em 1220, quando chegaram à igreja de Santa Cruz os restos mortais de cinco missionários franciscanos, torturados e assassinados em Marrocos.

Da regra agostiniana à regra franciscana

Fernando decidiu deixar os Cônegos agostinianos para seguir as pegadas de São Francisco de Assis; escolheu ser chamado Antônio, para imitar o santo anacoreta egípcio. Amadureceu um forte impulso à missão e, seguindo este ideal, partiu para o Marrocos. Porém, contraiu uma doença e foi obrigado a um repouso forçado, sem poder pregar. Não teve outra opção a não ser ir para a Itália. No entanto, o navio no qual embarcou, naufragou no golfo da Sicília. Tendo-se restabelecido, em 1221, foi parar em Assis, onde Francisco havia convocado todos os seus frades. Esta foi uma ocasião propícia para conhecê-lo pessoalmente, não obstante tenha sido um encontro simples. Revigorando sua escolha de seguir a Cristo, na fraternidade Franciscana, Antônio foi enviado ao eremitério de Montepaolo, na Romanha. Ali, dedicou-se, sobretudo, à oração, meditação, penitência e trabalhos humildes.

Antônio pregador

Em setembro de 1222, Antônio foi enviado a fazer pregação em Forlì, onde revelou seu talento. Das suas palavras emergiram uma profunda cultura bíblica e simplicidade de expressão. A Assidua, a primeira biografia de Santo Antônio, narra: “A sua língua, movida pelo Espírito Santo, começou a raciocinar sobre muitos assuntos, com ponderação, de modo claro e conciso”. Desde então, Antônio começou a percorrer o norte da Itália e o sul da França, pregando o Evangelho aos povos e povoados, muitas vezes confusos pelas heresias do tempo, sem poupar críticas contra a decadência moral de alguns expoentes da Igreja. No ano seguinte, em Bolonha, foi mestre de Teologia para os frades que se formavam. Foi o próprio Francisco que, com uma carta, conferiu-lhe este encargo, autorizando-o a ensinar e recomendando-lhe também a não se descuidar da oração.

A escolha de Pádua

Pelos seus talentos, que Antônio demonstra saber colocar ao serviço do Reino de Deus, com 32 anos foi nomeado superior das Fraternidades franciscanas do norte da Itália. Ao cumprir tal função, visitou, incansavelmente, os numerosos Conventos, sob a sua jurisdição, e abriu outros. No entanto, continuou a atrair grandes multidões com suas pregações, transcorrendo diversas horas no confessionário e a reservar, para si, momentos de retiro em solidão. Decidiu estabelecer-se em Pádua, junto à pequena comunidade franciscana da igreja de Santa Maria Mater Domini. Não obstante a sua pouca presença, instaurou com a cidade um forte ligação, prodigalizando em prol dos pobres e contra as injustiças. Precisamente em Pádua, teriam sido escritos os Sermones, um tratado para instruir os coirmãos à pregação do Evangelho e ao preceito dos Sacramentos, sobretudo, da penitência e da Eucaristia.

A pregação da Quaresma, em 1231, é considerada seu testamento espiritual, à qual se deve incluir a sua dedicação amorosa, por horas e horas, às confissões. Após as celebrações pascais, abatido por problemas de saúde e consumido pela fadiga, Antônio aceitou retirar-se por um período de convalescença; depois, com alguns coirmãos, aceitou o convite de um período de descanso e de meditação em um pequeno eremitério, em Camposampiero, a poucos quilômetros de Pádua. Pediu que lhe fosse adaptado um simples refúgio sobre uma grande nogueira, onde transcorrer os dias em contemplação e em contato com a gente humilde da periferia do campo, voltando para o eremitério só à noite. Ali, deu-se a visão do Menino Jesus.

No dia 13 de junho, Antônio sentiu-se mal; entendendo que a sua hora se aproximava, pediu para morrer em Pádua. Foi transportando por um carro de boi, mas, ao chegar à Arcella, um bairro às portas da cidade, expirou murmurando: “Vejo o meu Senhor!”.

Reconhecido pela influência de Santo Agostinho, Antônio conjugou, de modo original, mente e coração, pesquisa teórica, prática das virtudes, estudo e oração. Doutor da Igreja, Santo Antônio é simplesmente chamado em Pádua como “o Santo”.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 12 jun. 2023.

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Por Mauro Nascimento