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Teologia do povo

A Teologia do Povo é uma corrente teológica que surgiu na Argentina na década de 1960, como uma resposta às injustiças sociais e políticas que afetavam a população do país e da América Latina como um todo. Essa corrente é uma variação da Teologia da Libertação, que teve origem no continente latino-americano, mas apresenta particularidades em relação a ela.

A Teologia do Povo tem como base a valorização da cultura, da piedade e da religiosidade popular da Argentina e de toda a América Latina. Ela apresenta o povo como sujeito histórico-cultural e a religiosidade popular como uma forma inculturada de fé cristã católica na população latino-americana. A análise histórico-cultural é mais valorizada do que a análise sócio-estrutural, o que significa que a corrente procura compreender a realidade a partir da história e da cultura do povo, em vez de focar apenas nas questões econômicas e políticas.

A Teologia do Povo tem uma opção preferencial pelos pobres, o que significa que a corrente se coloca ao lado daqueles que são oprimidos e excluídos socialmente. Ela tem como objetivo criar um projeto histórico de justiça e paz, que possa libertar os oprimidos de uma situação de injustiça estrutural e de violência institucionalizada.

Lucio Gera, líder da Comissão Episcopal de Pastoral (Coepal), foi o principal teólogo da Teologia do Povo. Ele foi um dos membros da equipe que elaborou o “Documento de San Miguel”, em 1969, que defendia a pastoral popular pensada não apenas para o povo, mas a partir do povo. Outros importantes colaboradores da corrente foram Justino O’Farrell, Gerardo Farrel, Rafael Tello, Alberto Sily, Fernando Boasso, Enrique Angelelli e Manuel Marengo.

A denominação “Teologia do Povo” foi utilizada pela primeira vez pelo jesuíta e teólogo da libertação Juan Luis Segundo, que foi um crítico dessa corrente. Segundo ele, a Teologia do Povo apresenta uma visão demasiadamente culturalista e pouco comprometida com as questões políticas e sociais que afetam a população latino-americana.

Apesar das críticas, a Teologia do Povo continua a ser uma corrente relevante na teologia latino-americana, que busca compreender a realidade a partir da perspectiva do povo e que se coloca ao lado dos mais pobres e excluídos. A corrente tem como objetivo contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, em que todos possam viver com dignidade e respeito.

Mauro Nascimento

Referências:

BERGOGLIO, J. M. S. (Papa Francisco). Teologia do Povo. São Paulo: Loyola, 2013.

O Papa Francisco e a Teologia do Povo – Entrevista especial com Juan Carlos Scannone. Acesso em: 25.abr. 2023.

A importância da compaixão na fé: uma reflexão sobre a troca de palavras entre o Papa Francisco e uma criança

Essa breve troca de palavras entre o Papa Francisco e uma criança é um lembrete poderoso de que a fé não é apenas sobre seguir regras ou acreditar em uma doutrina, mas sim sobre amor, compaixão e esperança.

A pergunta da criança sobre se seu pai ateu estaria no céu pode parecer simples, mas é uma questão profunda e complexa que desafia muitos crentes. Como podemos reconciliar a ideia de um Deus justo e amoroso com a crença de que aqueles que não seguem uma religião específica ou que não acreditam em Deus ainda podem encontrar a felicidade após a morte?

A resposta do Papa Francisco, que enfatiza o amor de Deus por todos os seus filhos, independentemente de suas crenças, é um lembrete importante de que nossa fé deve ser fundamentada no amor e na compaixão. Não cabe a nós julgar quem merece ou não ser salvo, mas sim viver nossas vidas de acordo com os ensinamentos de amor e misericórdia de Jesus.

Essa troca de palavras também destaca a importância da sinceridade e da curiosidade das crianças. Muitas vezes, as crianças fazem perguntas difíceis que nos desafiam a repensar nossas próprias crenças e preconceitos. Devemos sempre receber essas perguntas com a mente e o coração abertos, como o Papa Francisco fez nesse caso, e estar dispostos a aprender e crescer com elas.

Finalmente, essa troca de palavras também nos lembra da importância de consolar e apoiar aqueles que estão passando por momentos difíceis. A criança que fez a pergunta estava claramente lutando com a perda de seu pai, e o Papa Francisco ofereceu uma mensagem de esperança e conforto que pode ter feito toda a diferença para ela. Às vezes, tudo o que precisamos é de alguém que nos lembre que não estamos sozinhos e que há amor e compaixão no mundo.

Em resumo, a troca de palavras entre o Papa Francisco e a criança é um lembrete poderoso de que nossa fé deve ser baseada no amor e na compaixão, que devemos sempre receber as perguntas das crianças com mente aberta, e que devemos sempre procurar consolar e apoiar aqueles que estão passando por dificuldades.

Mauro Nascimento

A compaixão em ação: o encontro do papa Francisco com o jovem casal 

A empatia é uma das características mais valorizadas em qualquer ser humano. É a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreender e sentir as emoções e necessidades de outra pessoa. E quando se trata do Papa Francisco, essa habilidade é ainda mais evidente.

Recentemente, o Papa Francisco foi hospitalizado por conta de uma bronquite infecciosa. Ao receber alta, ele foi surpreendido por um jovem casal que acabara de perder sua filhinha. Esse encontro demonstra a empatia e o cuidado que o Papa tem pelas pessoas e a importância que ele dá a cada vida.

O Papa Francisco é conhecido por suas atitudes e palavras de compaixão e solidariedade. Ele é um líder religioso que entende a dor e as dificuldades que cada pessoa enfrenta em sua vida. E não é apenas nas palavras que ele demonstra essa empatia, mas em suas ações.

Ao encontrar esse jovem casal, o Papa Francisco os acolheu e consolou. Ele ofereceu palavras de conforto e esperança, mostrando que mesmo em momentos de grande dor, a fé e a solidariedade podem trazer conforto e alívio.

A empatia do Papa Francisco é uma inspiração para todos nós. Ela nos ensina que, mesmo em um mundo que muitas vezes nos faz sentir isolados e sozinhos, ainda há pessoas que se importam e que estão dispostas a ouvir e ajudar. E que, acima de tudo, a compaixão é o que nos torna verdadeiramente humanos.

Ao se colocar no lugar do outro, o Papa Francisco nos ensina que não importa a nossa posição social, raça ou religião, somos todos iguais. E que, por isso, devemos sempre estender a mão para ajudar aqueles que precisam de nós.

Que possamos aprender com o exemplo do Papa Francisco e cultivar a empatia em nossas próprias vidas. Que possamos nos tornar mais conscientes das necessidades dos outros e, assim, construir um mundo mais justo e solidário.

Mauro Nascimento

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Por Mauro Nascimento