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Papa Francisco: quando a simplicidade toca o infinito

As notícias vindas do Vaticano sobre a saúde do Papa Francisco despertaram uma comoção singular. Diferente das ocasiões anteriores em que esteve hospitalizado, desta vez as emoções parecem mais intensas e profundas. Não houve quem admirasse ou amasse o pontífice que não tenha sentido o peso das circunstâncias ou vertido algumas lágrimas. Entre tantas personalidades públicas, é raro encontrar alguém cuja vulnerabilidade toque tantas pessoas de forma tão pessoal.

O que faz de Francisco um símbolo tão poderoso e inspirador? Talvez seja sua simplicidade, seu comprometimento com o Evangelho vivido, longe de formalismos, mas profundamente enraizado na solidariedade e no amor pelos oprimidos. Não é apenas o líder da Igreja Católica; é um homem que transcende os dogmas e se coloca ao lado da humanidade, com todas as suas dores, fraquezas e esperanças.

Papa Francisco nos lembra as pessoas queridas que passaram por nossas vidas e deixaram marcas profundas: pais, mães, avós, amigos que, em sua simplicidade, nos ensinaram que a vida vale a pena. Sua figura evoca uma memória coletiva de afeto e bondade, que transcende sua posição e se enraíza na essência de sua humanidade. Ele é como aquele amigo ou parente próximo cuja presença torna o mundo mais leve e mais significativo.

É extraordinário pensar no impacto de alguém que, em poucos anos de pontificado, transformou tanto. Não apenas reformou estruturas institucionais ou discursou sobre temas urgentes, mas nos lembrou, acima de tudo, do essencial: a coragem de ser humano, muito humano, diante de um mundo que muitas vezes despreza a fragilidade e exalta a indiferença.

Neste momento de incerteza e preocupação, é impossível não sentir orgulho e gratidão por sua trajetória. Sua liderança vai além da esfera religiosa. Francisco é um exemplo vivo de que é possível viver o Evangelho na simplicidade, com leveza, e ao mesmo tempo ser radical na escolha pela justiça e pela solidariedade.

Que Deus o ampare e lhe dê forças nesse momento. E que sua luz continue a nos inspirar a sermos mais humanos, mais solidários e mais conscientes das escolhas que fazemos. Afinal, como ele mesmo nos ensina, a verdadeira revolução começa no coração.

Mauro Nascimento

13 de dezembro – Monsenhor André Sampaio

“Às vezes nos perguntamos: como seria a nossa vida sem Deus? Sabemos que há muitos entre nós que duvidam da existência de Deus, mas lá no fundo sabem da sua existência, porém o orgulho de que são possuídos não os deixa aceitar que existe um Criador, que tem poder sobre tudo e sobre todos. Mas para aqueles que acreditam é quase impossível imaginar a vida sem Deus. Pensemos: se com Deus a vida já não é fácil, que dirá sem Ele. Um segundo sem Deus e o mundo entraria em guerra. Grandes tragédias e catástrofes aconteceriam. O mundo se transformaria num grande caos. Vejamos que isso é o que podemos imaginar. Há muito mais coisas que nem temos a capacidade de compreender, pois ainda somos crianças espirituais que precisam crescer tanto. Portanto devemos agradecer por sermos filhos de Deus e por sabermos que Ele está ao nosso lado o tempo todo, nos guiando, nos amparando, falando conosco e nos amando incondicionalmente. Ser filho de Deus é motivo para viver com alegria, paz, confiança, esperança e muita fé, pois Ele é o Senhor da vida e do Universo!”

Monsenhor André Sampaio

17 de julho – São Leão IV, papa

São Leão IV, Basílica de São Paulo fora dos muros

Sobre a vida do Papa Leão IV, sabemos que nasceu em Roma, mas era de origem lombarda. Seu pai chamava-se Ridolfo, mas não se sabe qual o nome que deu ao filho no Batismo. Contudo, era um homem de comprovada pureza e integridade interior: era monge do mosteiro beneditino de São Martinho, mas o Papa Gregório IV quis que estivesse ao seu lado, como parte integrante do clero romano. Assim, tornou-se Papa, em 847, por aclamação popular.

Desastres naturais e calamidades humanas

Quando iniciou seu Pontificado, a situação em Roma era bastante dramática: no ano anterior, ocorreu a invasão dolorosa dos Sarracenos. Por isso, a sua eleição foi rápida, sem esperar a aprovação imperial. O imperador não se importou porque, provavelmente, se sentia culpado por não apoiar a cidade contra os árabes. Porém, o que mais preocupou Leão IV foi uma série de desastres naturais: primeiro, um terremoto assolou Roma, fazendo desabar uma parte do Coliseu; a seguir, um incêndio destruiu a área do Burgo, poupando a vizinha Basílica de São Pietro, graças à intervenção espiritual do Papa. Este acontecimento foi imortalizado pelo artista Rafael, em um afresco conhecido como “O incêndio do Burgo”, conservado no Museu do Vaticano.

Liga contra os Sarracenos

A ameaça dos Sarracenos voltou à gala. No entanto, Leão IV não foi preso de surpresa: desatendendo a estreita relação com o imperador, fez acordos com os soberanos dos Ducados vizinhos, como Amalfi, Gaeta, Nápoles e Sorrento. Assim, promoveu uma liga naval, depois denominada “Liga Campana”, liderada pelo napolitano, Cesário Consule, encarregada de defender os dois territórios: a Campânia e o Lácio. A ameaça ocorreu no verão de 849, quando na batalha, que passou para a história como “Batalha de Óstia”, os Sarracenos foram derrotados. Esta vez, o acontecimento também foi imortalizado em um afresco de Rafael, com o mesmo nome da batalha, mantido nas Salas do Museu Vaticano.

O “restaurador de Roma”

Entretanto, os empreendimentos, que levaram Leão IV a receber o título de “restaurador de Roma”, foram outros. Avantajado pela sua capacidade espiritual, mas também pelos sentimentos de culpa do imperador, o Papa conseguiu obter de Lotário uma enorme soma de dinheiro para fazer várias reformas. A primeira e mais importante de todas foi a construção de uma muralha, mais extensa que a construída na época por Aureliano, que abrangia toda a colina do Vaticano. Seguiram-se as reformas das Basílicas de São Pedro e São Paulo, a fortificação do Porto marítimo e a reconstrução das antigas “Centumcellae”, na atual cidade de Civitavecchia, além de Tarquínia, Orte e Amélia. Mas o “restaurador” não parou: dedicou-se também à ajuda pessoal da população mais vulnerável, com a distribuição de gêneros alimentícios.

Concílios e Sínodos

Leão IV era, sobretudo, um pastor e, como tal, dedicou seu Pontificado à corroboração da disciplina do clero. Por isso, convocou dois Concílios especiais: o de Pavia, em 850, e o de Roma, em 853. Neste último, trabalhou com afinco para reafirmar a pureza da fé e os costumes do povo. No entanto, com o mesmo objetivo, multiplicaram-se os Sínodos em toda a Europa: em Mainz, Limoges, Lyon, Paris e Inglaterra. Durante os Concílios, foi resolvida a questão disciplinar sobre a excomunhão de Anastácio, Cardeal de São Marcelo, com ideia de antipapa, que, sem levar em conta os apelos do Pontífice, havia deixado a sua diocese para morar em outro lugar.

Relação com os soberanos cristãos

As relações entre Leão IV e o império não foram ruins, tanto que, no dia da Páscoa de 850, Lotário pediu-lhe para coroar seu filho Ludovico como imperador. Após cinco anos, porém, acontece alguma coisa que correu o risco de comprometer, seriamente, a estabilidade das relações bilaterais: Daniel, o magister militum do Império em Roma, acusou Graciano, comandante da milícia, muito próxima do Papa, de tramar um meio para aproximar o Papado e ao Império do Oriente. Então, Ludovico foi, pessoalmente, a Roma, para um confronto direto, do qual resultaram infundadas as acusações contra Leão IV. Desde então, foram muitos os soberanos dos reinos cristãos europeus a pedir para serem coroados pelo Pontífice, com o objetivo de obter, assim, o reconhecimento da sua soberania “por graça divina”.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 16 jul. 2023.

O perigo do carreirismo: um alerta do Papa Francisco

Na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta, no dia 15 de maio de 2018, o Papa Francisco trouxe à tona uma reflexão importante sobre a missão do bispo, inspirando-se na despedida de Paulo dos anciãos em Éfeso. A mensagem central do Papa é que a missão do bispo é cuidar do rebanho, e não fazer carreira.

A partir dessa perspectiva, é fundamental analisar o papel do bispo na Igreja e na sociedade. O bispo, como líder espiritual, deve ser um exemplo de humildade, dedicação e serviço aos fiéis. Sua missão é guiar e proteger o rebanho, garantindo que todos sejam nutridos espiritualmente e que a comunidade permaneça unida em torno dos ensinamentos de Cristo.

Nesse sentido, o Papa Francisco enfatiza a importância de evitar a busca por poder e prestígio, que pode desviar o bispo de sua verdadeira missão. A carreira eclesiástica não deve ser vista como uma oportunidade para ascensão pessoal, mas sim como um chamado para servir a Deus e ao próximo com amor e dedicação.

Essa reflexão nos convida a repensar nossas próprias atitudes e ações, não apenas no contexto da Igreja, mas também em nossas vidas cotidianas. A mensagem do Papa Francisco é um lembrete de que devemos nos concentrar no que realmente importa: cuidar uns dos outros, ser solidários e buscar a justiça e a paz.

Ao colocar o bem-estar do rebanho acima de interesses pessoais, o bispo demonstra seu compromisso com a missão de Cristo e com os valores do Evangelho. Essa postura inspira os fiéis a seguir o exemplo de seu líder e a se esforçar para viver de acordo com os ensinamentos de Jesus.

Em suma, a homilia do Papa Francisco na Casa Santa Marta nos convida a refletir sobre a verdadeira missão do bispo e a importância de colocar o serviço ao próximo acima de qualquer ambição pessoal. Essa mensagem é relevante não apenas para os líderes da Igreja, mas também para todos nós, como membros da sociedade e da comunidade cristã. Que possamos nos inspirar nessas palavras e buscar viver de acordo com os valores do Evangelho, priorizando o cuidado com o próximo e a construção de um mundo mais justo e fraterno.

Mauro Nascimento

Referência:

Homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta, no dia 15 de maio de 2018. Acesso em: 19 mai. 2023.

Ministro Luís Roberto Barroso encontra o Papa Francisco

Nesta quinta-feira (04), o Ministro Luiz Roberto Barroso teve a honra de se encontrar com o Papa Francisco em Roma. O encontro aconteceu durante a visita do ministro à cidade, onde ele participou de uma palestra sobre “Tributação e Novas Tecnologias” organizada pela Universidade Sapienza e pela ESA.

Barroso, que é ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, descreveu o encontro como “venturoso” (feliz) e se mostrou muito grato pela oportunidade de conversar com o líder da Igreja Católica e grande humanista. O ministro também afirmou que o encontro foi breve, mas que foi o suficiente para que ele pudesse sentir a energia e a inspiração do Papa.

O ministro brasileiro é conhecido por suas posições progressistas e defensoras dos direitos humanos, e tem se destacado no cenário político brasileiro como um dos principais líderes na luta pela democracia e pela justiça social. O encontro com o Papa Francisco certamente reforçou a sua visão humanista e o seu compromisso com a construção de um mundo mais justo e igualitário para todos.

Mauro Nascimento

 

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Por Mauro Nascimento