“[…] cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando evitar «qualquer sinal de discriminação injusta» e particularmente toda a forma de agressão e violência” (Papa Francisco – Amoris Laetitia, 250).
A postura do padre Antonio Carlos dos Santos durante a missa de sétimo dia em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, é uma clara demonstração de falta de respeito e empatia em relação à comunidade LGBTQIA+. O discurso homofóbico proferido pelo religioso, que acusa a união de pessoas do mesmo sexo de ser uma representação demoníaca, é uma demonstração de ignorância e preconceito.
Em pleno século XXI, é inadmissível que um líder religioso propague ideias discriminatórias e desrespeitosas. A diversidade sexual é uma realidade e deve ser respeitada em todas as suas formas. Além disso, é importante destacar que a homofobia não é apenas uma opinião divergente, mas um crime previsto em lei (7716/1989).
É evidente o contrassenso do padre Antonio Carlos dos Santos. Embora a igreja preconize o amor e a compaixão, a atitude homofóbica e preconceituosa deste sacerdote contradiz tais valores. É crucial que alguns líderes religiosos reconsiderem suas crenças em relação à diversidade sexual, uma vez que o respeito pelas diferenças é fundamental para o estabelecimento de uma sociedade justa e equitativa. Os líderes religiosos devem assumir um papel transformador, fomentando a inclusão.
Por fim, é importante destacar que atitudes homofóbicas como a do padre Antonio Carlos dos Santos não podem ser toleradas. O registro do boletim de ocorrência pelo ator Bernardo Dugin é uma demonstração de coragem e um alerta para que as pessoas não se calem diante da discriminação. É preciso denunciar e combater o preconceito em todas as suas formas.
Mauro Nascimento