Katholikos

Catolicismo de maneira inclusiva

Página 6 de 167

03 de abril – Monsenhor André Sampaio

“Não perca a esperança.

Há milhões de pessoas, aguardando os recursos de que você já dispõe.

Não perca o bom humor, em qualquer acesso de irritação.

Não perca a tolerância.

É muita gente a tolerá-lo, naquilo que você ainda tem de indesejável.

Não perca a serenidade.

O problema pode não ser assim tão difícil quanto você pensa.

Não perca a humildade.

Além da planície, surge a montanha, e, depois da montanha, aparece o horizonte infinito.

Não perca o estudo.

A própria morte é uma lição.

Não perca a oportunidade de servir aos semelhantes.

Hoje ou amanhã, você precisará do concurso alheio.

Não perca tempo.

Os dias voltam, mas os minutos são outros.

Não perca a paciência.

Recordo a paciência inesgotável de Deus.”

Monsenhor André Sampaio

03 de abril – São Sisto I, papa

São Sisto I, Basilica di san Paolo fuori le mura

Sisto era filho de dois pastores, provenientes da VII região da Cidade, chamada Via Lata, perto da atual Via do Corso, onde ainda existe uma rua com este nome. Na realidade, seu verdadeiro nome era “Xystus”, provavelmente de origem grega, que podia ser confundido com sexto, erroneamente avaliado, também porque foi o sétimo Papa, ou seja, o sexto depois de São Pedro.

O sexto pontificado depois de Pedro

Eleito, por volta do ano 115, algumas regras de culto, muito importantes, foram, certamente, atribuídas a ele. Por exemplo, decidiu que, durante a consagração, ninguém, além dos ministros de culto, podia tocar o cálice sagrado e a patena; ele também introduziu na Missa que, após o Prefácio, a oração do “Santo” fosse recitada em forma conjunta, entre o sacerdote e a assembleia; ao que parece, também a fórmula final do “Ite Missa est“, embora não seja confirmada historicamente.

Ele estabeleceu, porém, com certeza, que os Bispos, que visitassem a Santa Sé, deviam voltar para as suas dioceses com uma Carta do Papa, que comprovava a sua plena comunhão com o Sucessor de Pedro.

Não é certeza, enfim, que tenha sido ele a introduzir o uso da água no rito Eucarístico e da água benta para as abluções.

No entanto, foram-lhe atribuídas duas Cartas de cunho doutrinário: uma, sobre a SS. Trindade; a outra, sobre a Primazia do Bispo de Roma, que alguns, todavia, consideram apócrifa.

Durante o Pontificado de Sisto, tiveram início, provavelmente, as primeiras divergências com as Igrejas Orientais, enquanto parece ter sido ele a enviar os primeiros missionários para evangelizar a Gália, entre os quais São Peregrino.

Equívoco sobre o martírio e as relíquias

São Sisto faleceu, por volta do ano 125, provavelmente decapitado. No início, fora indicado como mártir. No entanto, uma vez que não são se tinham detalhes sobre o seu martírio, o Calendário Universal da Igreja não o inclui, hoje, entre os mártires. No começo, foi sepultado na necrópole vaticana; dez séculos depois, seus restos mortais foram transladados para Alatri. Desde então, a cidade de Frusinate contende, com a vizinha Alife – hoje na região de Caserta – São Sisto como padroeiro.

Na realidade, as relíquias do seu corpo, segundo as últimas revelações, são conservadas em ambas as cidades; outras, também atribuídas a São Sisto, encontram-se na homônima igreja na Via Ápia, em Roma, e até em uma teca, em uma Capela da Catedral da Assunção, em Savona, doada à cidade pelo Papa Paulo V.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 01 abr. 2024.

02 de abril – São Francisco de Paula, eremita fundador da Ordem dos Mínimos

São Francisco de Paula, Moretto

Nasceu em Paola, hoje província de Cosenza, em 27 de março de 1416. Acometido por um abcesso maligno no olho esquerdo, seus pais o confiaram à intercessão de Francisco de Assis: em caso de cura, a criança teria usado, por um ano inteiro, o saio franciscano. Perfeitamente curado, cumpriu o voto entrando para o convento de São Marcos Argentano, em Cosenza, com a idade de 15 anos; ali ele manifestou, imediatamente, fortes dons de piedade e inclinação à oração. Ao término da sua permanência no convento, fez uma verdadeira peregrinação, com seus pais, em busca de uma vida religiosa mais apropriada para si: esteve em Assis, Montecassino, Roma, Loreto e Monte Luco. Em Roma, perturbado pelas pompas da corte papal, comentou: “Nosso Senhor não era assim!”. Este foi o primeiro indício do seu espírito reformador.

Eremita

Retornando a Paola, iniciou um período de vida eremítica em um lugar inacessível das propriedades da família. Aos poucos, outros, cada vez mais numerosos, se uniram à sua experiência, reconhecendo-o como guia espiritual. Com seus pais, construiu uma capela e três dormitórios. Em 1452, conseguiu a aprovação diocesana e a permissão para instituir um oratório, um mosteiro e uma igreja. Os próprios nobres da cidade de Paola, entusiasmados pela experiência de Francisco, contribuíram, como simples operários, para a conclusão das obras.

Aprovações papais

A fama da santidade de Francisco espalhou-se rapidamente. Em 1467, o Papa Paulo II enviou a Paola um emissário para saber notícias do eremita. Depois de apresentar uma relação positiva sobre o mosteiro, o próprio Legado pontifício decidiu aderir à comunidade.

Em 17 de maio de 1474, o Papa Sisto IV reconheceu, oficialmente, a nova Ordem, que recebeu o nome de Congregação Paulina dos Eremitas de São Francisco de Assis. O reconhecimento da Regra, com o nome atual da Ordem dos Mínimos, ocorreu com o Papa Alexandre VI.

A túnica sobre o mar

Amado e procurado como guia espiritual, Francisco também era considerado a única autoridade, capaz de se opor aos abusos da corte aragonesa no reino de Nápoles, colocando-se do lado dos pobres. Sobre eles, narra-se alguns fatos prodigiosos a ele atribuídos.

Em 1464, ano de grave escassez, alguns operários se dirigiam à planície de Terranova para encontrar trabalho. No território de Galatro (Régio Calábria), depararam-se com São Francisco, que ia para a Sicília, ao qual pediram um pouco de pão, porque estavam famintos e nada tinham para comer. Então, Francisco lhes disse: “Mostrem-me seus alforjes, porque dentro há pão”. E assim foi! Em seus pobres bornais os operários encontraram pão branquíssimo, fresquinho e quentinho. Quanto mais eles comiam, mais aumentavam os pães.

Segundo outra narração, um barqueiro recusou-se transportar Francisco e seus companheiros para a Sicília. Então, o santo estendeu sua túnica sobre o mar e assim puderam atravessar o estreito.

Outro “carisma”, atribuído ao santo eremita, foi uma profecia: ele previu que a cidade de Otranto cairia nas mãos dos turcos, em 1480, mas, depois, seria novamente conquistada pelo rei de Nápoles.

Do eremitério à Corte

Por meio dos mercadores napolitanos, a fama de Francisco chegou até à corte de Luís XI, na França. Enfermo, o rei pediu ao Papa Sisto IV para mandar o eremita a ir ter com ele em seu leito. Tanto o Papa como o rei de Nápoles notaram neste convite a possibilidade de vantagens políticas. Francisco, no entanto, obedeceu, com um pouco de desprazer, ao pedido do Papa, pois ele estava acostumado a seu eremitério e não se adaptaria facilmente à vida de corte. À sua chegada, o rei Luís XI ajoelhou-se aos seus pés, mas nunca recobrou sua saúde; porém, a presença do eremita na corte contribuiu para melhorar as relações entre o papado e a monarquia francesa.

Ali, Francisco manteve encontros com pessoas simples, mas também com acadêmicos em busca de um guia espiritual.

Francisco permaneceu 25 anos além dos Alpes, trabalhando a terra como camponês, mas a sua fama aumentava sempre mais como reformador e penitente.

Com a agregação de alguns beneditinos e franciscanos, a Congregação calabresa mudou sua vida de eremita para a de cenobita. Tal reviravolta levou a fundação a contar com a Ordem Terceira Secular e, depois, com as Monjas. As respectivas regras foram aprovadas, definitivamente, por Júlio II, em 28 de julho de 1506.

Morte e canonização

Francisco de Paula morreu em Tours, em 2 de abril de 1507. Sua fama difundiu-se logo pela Europa, por meio dos três ramos da família dos Mínimos: frades, monjas e terciários.

Foi canonizado em 1° de maio de 1519, apenas doze anos após a sua morte, durante o pontificado do Papa Leão X, do qual ele havia previsto sua eleição para o trono papal quando ainda era criança.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 01 abr. 2024.

02 de abril – Monsenhor André Sampaio

“Deixe que o sol da esperança anuncie o surgimento de novas alvoradas. Eis a hora de renovar seus pensamentos. Apegar-se às ideias nocivas só intoxicam seu íntimo. É preciso alimentar a alma de fé e coragem. Se uma porta se fecha, outra se abre. Confiança! Quando se perde a fé não há mais nada a perder. E existem muitas paisagens ao seu redor. Alegres e tristes. Mas você não precisa diante das dificuldades optar pela lente do pessimismo que só tornará as coisas mais difíceis. Vigiai e orai. A sua conduta que determina seu êxito diante dos desafios. O que tem feito em sua existência? Hora de refletir e recomeçar. Ainda dá tempo! É preciso acreditar e perseverar! E sempre que precisar pensar em Jesus. Ele conforta e também fortalece. Tudo posso naquele que me fortalece. Portanto tende fé porque ela move montanhas. E tem perseverança. Aquele que perseverar até o fim será salvo. Deus sabe de suas necessidades e trabalha infinitamente pelo seu progresso. Desamparado jamais! Renova suas forças na prece. Pense em Deus. Sinta sua paz! E nada tema… A luz de Deus lhe guiará sempre!”

Monsenhor André Sampaio

01 de abril – Monsenhor André Sampaio

CATÓLICO APOSTÓLICO ROMANO OU “CAÓTICO APOSTÁTICO ROMÂNTICO”? 

Católico ou “caótico”?

“Comecemos pelo ‘católico-caótico’. A palavra ‘católico’ é um adjetivo da língua grega que, no masculino, feminino e gênero neutro corresponde respectivamente a: katolikós, katoliká, katolikón. O significado de católico é: universal. Quer indicar que o cristianismo deve ser universal, abranger todos os povos de toda a terra e de todos os tempos. O Evangelho é universal, é para todos. No caso, o substantivo é: cristão; católico é adjetivo, que poderia ser substituído por ‘universal’; mas, ficaria um tanto pernóstico dizer: ‘sou cristão universal’… E por isso, ficamos com o adjetivo ‘católico’ mesmo, querendo dizer ‘universal’. Entendido?

Pois bem. Mas, em nossa querida Pátria e alhures, o cristão em vez de ser ‘católico’, isto é, aceitar todo o Evangelho, a Igreja-Hoje, o tal cristão-‘caótico’ faz uma misturança de tudo e faz uma religião das suas conveniências, catando aqui e ali meias verdades e… bota tudo no ‘liquidificador’ do seu egoísmo e da sua ignorância, aperta o botão das suas conveniências, e… dá aquela mistura caótica de católico-umbandista-cientificista-espiritualista-esotérico-maçonista e… diabo-a-quatro. E depois se mete a discutir religião sem entender bulhufas.

A Fé desse cristão caótico fica na periferia. E, no fundo mesmo, ele não quer é se comprometer com as dimensões da Fé: a dimensão pessoal da consciência limpa, a dimensão social da Justiça, a dimensão Política do compromisso com a ética do bem-comum; e, por aí afora. O cristão caótico cria um caos entre Fé e Vida, entre Fé e as realidades temporais onde ele deve atuar. O ‘caótico’ cria uma religião liberalóide, à imagem e semelhança de suas ideias e gostos. Assim é fácil, não?…

Apostólico ou “apostático”?

Outro tipo de católico original, mas muito comum, é o que afirma, nos recenseamentos, ser católico-apostólico, mas, em vez de ‘apostólico’, ele é ‘apostático’. Sem querer fazer muita apologética nem muita discussão sobre o assunto, é fácil verificar qual é a verdadeira religião cristã (universal = católica), a que vem desde os tempos dos apóstolos, do tempo de Cristo, portanto. É só ver nos Evangelhos como Jesus quis sua Igreja como sinal do Reino. E logo constataremos que Jesus quis, nessa Igreja, u ma autoridade que fosse a pedra fundamental, garantia da unidade. E sabemos que ele colocou Pedro como a primeira autoridade, que depois vai tomando o nome de papa (pai). Está clara, nos Evangelhos, a indicação do Apóstolo Pedro como o primeiro chefe. E como essa Igreja deveria perdurar e continuar através dos séculos, vemos, na história da Igreja, que vieram Uno, Cleto, Clemente… até o nosso atual Papa Francisco. Então esta será, claro, a Igreja Apostólica, a Igreja que o Cristo quis… apesar de todas as misérias acontecidas com a necessidade de contínuas reformas na parte humana da Igreja.

Pois bem. O nosso católico ‘apostático’, em vez de ficar com essa Igreja, ele vai ‘apostando’, como o ‘caótico’, num sincretismo religioso, numa mistura de religiões ou fantasias religiosas, superstições e ‘etceterões’ que não podem caber num ‘mesmo saco’, numa mesma vida…

Assim, de manhã, o ‘apostático’ aposta na missa. Ao meio dia, aposta no horóscopo (alguns jornalistas-horoscopistas disseram-me como fazem quando ‘falta assunto’: pegam horóscopos de uns anos atrás e recopiam com algumas mudanças e publicam o ‘horóscopo do dia’…). E à noite, em que ‘aposta’ o nosso ‘apostático’? No terreiro, saracoteando na macumba e quejando…

E assim vai ele, pela vida, ‘apostando’, até que acaba é apostatando mesmo, sem eira nem beira, sem convicção cristã nenhuma, sem compromisso com a Fé. Uma religião na base da emoção, da fantasia, sem firmeza histórica, sem firmeza evangélica, sem firmeza da Fé. Apostando no que lhe convém no momento… Nem cristão, nem católico, nem apostólico, mas: ‘apostático’…

romano ou “romântico”?

Vimos os dois tipos de cristãos batizados e crismados com os quais o Espírito Santo da Crisma não terá chance nenhuma de contar para o testemunho da Fé. São os católicos ‘caóticos’ e os ‘apostáticos’.

Mas há um 3º espécimen, muito caracterizado e muito comum entre eles e entre elas… É o chamado cristão-católico ‘romântico’: ‘ái Jésúis!’ E como os há, por aí afora… Dizemos ‘romântico’ em oposição a romano; isto é, sem a adesão incondicional à Igreja de Jesus Cristo, desde os inícios sediada em Roma. ‘Romano’ só porque, desde Pedro, os 263 Papas sediaram-se em Roma.

‘Romântico’ é o católico superficial, que tem as emoções como termômetro da Fé; o que se apega às periferias da religião, sem convic­ções profundas, e que age ao sabor do ‘gosto não-gosto’. Neles e nelas não é a firmeza da Fé, a constância da Esperança nem a fidelidade do Amor que orientam a vida, mas sim, os ‘gostinhos’ e preferências da ocasião, da  ‘moda’.

‘Romântico’ é o católico que não perde a procissão do Senhor Morto e faz questão fechada de depositar seu ósculo no esquife do Senhor Morto… Mas foge, na vida do dia-a-dia, de ‘beijar’ o Senhor vivo do Evangelho, o Cristo da justiça, do amor ao irmão, do perdão. É fácil beijar um ‘Senhor Morto’ de madeira, de pedra, de gesso: quero ver é você beijar o Cristo do Evangelho, quando exige tomadas de posição na caminhada da Igreja, na justiça etc., etc.

Católica ‘romântica’ é aquela que me dizia: ‘Ah! padre, o dia da 1.a comunhão de minha filha, quero que fique ‘indelééévvelll’… na minha vida…’. Mas, ela mesma nem ‘limpou a cocheira’ dos pecados para poder comungar com a filhinha… ‘Romântico’ é o cristão que lê o Evangelho, concordando com umas coisas que Jesus disse e não con­cordando com outras que o mesmo Jesus disse… ‘Eu acho… eu não acho…’ como se cristianismo fosse ‘achismo’… E, por aí afora, meus amigos, quantos cristãos e cristãs romântico(a)’s, não? E onde fica o Batismo dessa gente, onde fica a Crisma com o Espírito Santo exigindo uma vida coerente com o Evangelho, com a Igreja e não com os caprichos de cada um?”

Monsenhor André Sampaio

« Posts anteriores Posts recentes »

© 2025 Katholikos

Por Mauro Nascimento