Catolicismo de maneira inclusiva

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09 de abril – Monsenhor André Sampaio

NÃO HÁ IMAGEM NENHUMA CAPAZ DE TRANSMITIR O QUÃO HORRÍVEL FOI A SHOAH 

“O século passado foi testemunha de uma indizível tragédia, que jamais poderá ser esquecida: a tentativa do regime nazista de exterminar o povo judaico, com o consequente morticínio de milhões de judeus. Homens e mulheres, adultos e jovens, crianças e recém-nascidos, só porque eram de origem judaica, foram perseguidos e deportados. Alguns foram trucidados imediatamente, outros foram humilhados, maltratados, torturados, privados completamente da sua dignidade humana e, por fim, mortos. Pouquíssimos de quantos foram internados nos campos de concentração sobreviveram, e ficaram aterrorizados durante a vida inteira. Este foi o Shoah: um dos principais dramas da história deste século, um facto que ainda hoje nos diz respeito.

Que a nossa tristeza pelas tragédias que o povo judaico sofreu no século passado leve a novas relações com esse povo. Desejemos transformar a consciência dos pecados do passado em firme empenho por um novo futuro, no qual já não haja sentimento antijudaico entre os cristãos, nem sentimento anticristão entre os judeus, mas sim um respeito recíproco compartilhado, como convém àqueles que adoram o único Criador e Senhor e têm um comum pai na fé, Abraão.

Por fim, os homens e as mulheres de boa vontade são convidados a refletirem profundamente sobre o significado do Shoah. As vítimas desde os seus túmulos, e os sobreviventes através do vívido testemunho de quanto sofreram, tornaram-se um forte clamor que chama a atenção da humanidade inteira. Recordar este terrível drama significa tomar plena consciência da advertência salutar que ele comporta: às sementes infectadas pelo antijudaísmo e pelo anti-semitismo jamais se deve consentir que lancem raiz no coração do homem.”

Monsenhor André Sampaio

08 de abril – Monsenhor André Sampaio

“Sempre que tivermos dúvidas sobre qual o melhor caminho a seguir, elevemos o pensamento a Deus nosso Pai e roguemos a Ele que nos ajude, nos inspire a tomarmos a decisão mais acertada.

Prestemos atenção e procuremos escutar a voz interior que ecoa dentro de nós. Essa voz interior nada mais é do que nossa consciência. Sabemos que Deus nos deu o livre-arbítrio, mas também deixou em nós a consciência, onde estão gravadas as suas Leis. Então escutemos e saberemos se o caminho escolhido é realmente o melhor. Lembremo-nos ainda de que Deus pode falar conosco através de um amigo, de um parente próximo intuindo-os a nos falar algo que desperte em nós a verdade.

Por tudo isso, aprendemos a escutar. Jesus, já nos disse há séculos atrás: ‘Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça’! Então aprendemos a escutar a voz da consciência, a voz da razão, a voz daquele que nos dirige uma palavra de amor, de carinho, de afeto e muitas vezes de advertência quando saímos do caminho reto.”

Monsenhor André Sampaio

07 de abril – Monsenhor André Sampaio

“A verdadeira humildade é firme, segura, sóbria e jamais compartilha com a hipocrisia ou com a pieguice. A humildade é a mais nobre de todas as virtudes, pois somente ela predispõe o seu portador à sabedoria real. O contrário de humildade é orgulho, porque o orgulhoso nega tudo o que a humildade defende. O orgulhoso é soberbo, julga-se superior e esconde-se por trás da falsa humildade, ou da tola vaidade. Alguns exemplos talvez tornem mais claras as nossas reflexões. Quando uma pessoa humilde comete um erro, diz ‘eu me equivoquei’, pois sua intenção é de aprender, de crescer. Mas quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz: ‘não foi minha culpa’, porque se acha acima de qualquer suspeita. A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas. A pessoa orgulhosa dá desculpas, mas não dá conta das suas obrigações e pendências. Uma pessoa humilde se compromete e realiza. Uma pessoa orgulhosa se acha perfeita. A pessoa humilde diz: ‘eu sou bom, porém não tão bom quando gostaria de ser’. A pessoa humilde respeita aqueles que lhe são superiores, e trata de aprender algo com todos. A orgulhosa resiste àqueles que lhe são superiores e trata de pôr-lhes defeitos. O humilde sempre faz algo mais, além da sua obrigação. O orgulhoso não colabora e sempre diz: ‘eu faço o meu trabalho’. Uma pessoa humilde diz: ‘deve haver uma maneira melhor para fazer isto, e eu vou descobrir’. A pessoa orgulhosa afirma: ‘sempre fiz assim e não vou mudar meu estilo’. A pessoa orgulhosa não aceita críticas, a humildade está sempre disposta a ouvir todas as opiniões, e a reter as melhores. Quem é humilde cresce sempre, quem é orgulhoso fica estagnado, iludido na falsa posição de superioridade. O orgulhoso se diz cético, por achar que não pode haver nada no universo que ele desconheça, o humilde reverencia o criador todos os dias porque sabe que há muitas verdades, que ainda desconhece. Uma pessoa humilde defende as idéias que julga nobres, sem se importar de quem elas venham. A pessoa orgulhosa defende sempre suas idéias, não porque acredite nelas, mas porque são suas. Enfim, como se pode perceber, o orgulho é grilhão que impede a evolução das criaturas. A humildade é a chave que abre as portas da perfeição.”

Monsenhor André Sampaio

06 de abril – Monsenhor André Sampaio

“A coragem provém da fonte mais nobre dos sentimentos. Ela provém do amor. Somente pelo amor lutamos sem medo, e tudo fazemos para alcançar aquilo que tanto desejamos. Lutemos pelo bem, pela alegria, pela paz, pelo amor e teremos um grande aliado ao nosso lado: Jesus! Não nos deixemos intimidar pelas dificuldades do caminho. Com amor e fé, a coragem de seguirmos nossa jornada, se fortalecerá a cada obstáculo que transpusermos. Ainda que passemos por tempestades e tormentas, tenhamos coragem e confiança, pois Jesus está no leme do nosso barco da vida!”

Monsenhor André Sampaio

05 de abril – Monsenhor André Sampaio

“O preconceito é a disposição de não aceitar o outro como ele é, além de ser uma negação dos princípios da Caridade e do Amor ao próximo e a si mesmo. Em quantos momentos nos vemos presos a preconceitos que não nos levam a lugar nenhum, muito pelo contrário degrada nossas virtudes e elevam nossos defeitos como a incompreensão e a intolerância. Desperdiçamos tempo apontando o outro e nos esquecemos de cuidar da nossa melhora e do nosso crescimento espiritual, impedindo assim a nossa santificação. Ao invés de termos o preconceito porque não usamos esse tempo doando o que há de melhor em nós a quem precisa, quanto tempo perdemos ao falar e criticar o outro enquanto podíamos ajudar quem realmente necessita de nós. Livremo-nos do preconceito pois ele não nos encaminha à caridade nem tão pouco nos ensina o amor; sejamos críticos de nós mesmos e não julgadores dos nossos irmãos.”

Monsenhor André Sampaio

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Por Mauro Nascimento