Catolicismo de maneira inclusiva

Autor: Katholikos (Página 74 de 167)

18 de outubro – São Lucas, evangelista, médico, padroeiro dos artistas

São Lucas (© Biblioteca Apostolica Vaticana)

O “doutor dos Gentios”

São Paulo, na Carta aos Colossenses, define Lucas, – autor do terceiro Evangelho e dos Atos dos Apóstolos, – como “médico amado” (Cl 4,14). Segundo o historiador Eusébio, Lucas nasceu em Antioquia da Síria e era um Gentio: de fato, sempre na Carta aos Colossenses, Paulo fala de seus companheiros e nomeia por primeiro “aqueles que vieram da Circuncisão, isto é, os Judeus, sem incluir Lucas (Cl 4,10-11)”. Além do mais, em seu Evangelho, Lucas demonstra particular sensibilidade em relação à evangelização dos Gentios. Foi ele quem narrou a parábola do Bom Samaritano; citou o elogio que Jesus fez pela fé da viúva de Sarepta; de Naamã, o Sírio; do Samaritano leproso, o único que voltou para expressar seu agradecimento a Jesus por ter sido curado.

Ao lado de Paulo

Nada sabemos sobre as circunstâncias em que Lucas se converteu, mas, pelos Atos dos Apóstolos, podemos deduzir quando Lucas se juntou a Paulo. Até ao capítulo décimo sexto, os Atos foram narrados em terceira pessoa. De repente, logo após a visão de Paulo – um macedônio lhe pede para ir ajudá-los na Macedônia (Atos 16,9), – passou-se à primeira pessoa do plural: “E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciar o Evangelho” (Atos 16,10). Logo, Lucas acompanhou Paulo, no ano 51, a Samotrácia, Neápolis, Filipos. Depois, há uma nova passagem para a terceira pessoa, que nos leva a pensar que Lucas não tinha sido preso com Paulo, pelo contrário, que havia permanecido em Filipos, após a partida do amigo.

Sete anos depois, Paulo voltou àquela região e Lucas, – que no capítulo 20 retoma a narração em primeira pessoa do plural, e foi com ele a Mileto, Tiro, Cesareia e Jerusalém. Quando Paulo foi preso em Roma, no ano 61, Lucas ficou ao seu lado, como referem as Cartas de Paulo a Filemon e Timóteo: depois que todos o haviam abandonado, na fase final da sua reclusão, Paulo escreveu a Timóteo: “Somente Lucas está comigo” (2 Timóteo 4,11).

O Evangelista da Misericórdia

É possível perceber a característica mais original do Evangelho de Lucas, graças aos seis milagres e às dezoito parábolas, que não encontramos nos outros Evangelhos. Ele dedica atenção particular aos pobres e às vítimas das injustiças, aos pecadores arrependidos, acolhidos pelo perdão e a misericórdia de Deus: ele narra a parábola do pobre Lázaro e o rico Epulão; fala do Filho Pródigo e do pai misericordioso, que o acolhe de braços abertos; descreve a ação da pecadora perdoada, que lava os pés de Jesus com as suas lágrimas e os enxuga com seus cabelos; cita as palavras de Maria, no Magnificat, quando ela proclama que Deus “derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens e despede os ricos de mãos vazias!” (Lc 1,52-53).

Junto a Maria

A relação particular que Lucas tem com Maria é outra característica do seu Evangelho. Por meio dele e – podemos imaginar – por meio da narração que Maria lhe fez pessoalmente, conhecemos as palavras da Anunciação, da Visita a Isabel e do Magnificat; por seu intermédio, sabemos os particulares da Apresentação de Jesus ao Templo e a angústia de seus pais, Maria e José, por não poder encontrar seu filho de doze anos no Templo. Provavelmente, graças a esta sua sensibilidade narrativa e descritiva, que nasce a tradição de ser o primeiro iconógrafo, sabemos que Lucas era pintor.

As notícias concernentes à sua morte são incertas: algumas fontes falam do seu martírio; outras dizem que viveu até à idade avançada. A tradição mais antiga diz que morreu na Beócia, com 84 anos, depois de ter-se estabelecido na Grécia, onde escreveu seu Evangelho.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 16 out. 2023.

18 de outubro – Monsenhor André Sampaio

“Viver implica experimentar situações boas e más. A vida que temos depende daquilo que valorizamos. Se dermos demasiada importância aos acontecimentos e fatos negativos, certamente teremos uma existência amargurada, angustiada, rancorosa e sofrida. Por outro lado, se valorizarmos cada momento, cada acontecimento de nossa vida, seja ele bom ou mau, vendo em tudo lições para o nosso crescimento e santificação, o fardo se tornará leve. O que nos falta em muitas ocasiões é a fé, a esperança e a confiança de que não existe o acaso, e que em tudo há um propósito Divino. Portanto, façamos o melhor que pudermos pelos outros e por nós mesmos, e, busquemos ver o lado positivo de tudo. Lembremo-nos de que cada um de nós passará somente pelas lições necessárias ao aprendizado que necessita. Viver cada situação e cada momento com confiança e serenidade de que tudo passará. Só o bem permanecerá pela eternidade! Pois Deus é amor!”

Monsenhor André Sampaio

17 de outubro – Santo Inácio de Antioquia, mártir em Roma

Santo Inácio de Antioquia, século XVIII

Antioquia, na atual Síria, era a terceira maior metrópole do mundo antigo, depois de Roma e Alexandria do Egito. Inácio tornou-se Bispo de Alexandria, por volta do ano 69, como sucessor de Santo Evódio, mas, sobretudo, do apóstolo Pedro, que havia fundado a Igreja naquela cidade. Descendente de uma família pagã, não romana, Inácio converteu-se ao cristianismo em idade avançada, graças à pregação de São João Evangelista, que havia passado por aquelas terras.

Viagem rumo ao martírio

Inácio era um Bispo forte, um pastor de zelo ardente. Os seguidores da sua Igreja o definiam como um cristão “fogoso”, segundo a etimologia do seu nome.

Durante seu episcopado, começou a terrível perseguição do imperador Trajano, da qual também o Bispo foi vítima, por não querer negar à sua fé em Cristo. Por isso, foi preso e transportado acorrentado para Roma. No Coliseu, seu corpo foi despedaçado pelas feras, durante as celebrações da vitória do imperador na Dácia. Assim, começou a sua longa viagem, rumo ao patíbulo, durante a qual foi torturado pelos guardas, até chegar a Roma para a execução da sua sentença, no ano 107.

As sete letras

Durante esta longa viagem rumo à morte, o Bispo Inácio escreveu sete lindas cartas, que constituem um documento inimitável da vida da Igreja na época.
Ao chegar a Esmirna, escreveu as quatro primeiras cartas, três das quais dirigidas às comunidades da Ásia Menor: aos Efésios, Magnésios e Trálios. Nelas, ele expressa sua gratidão pelas muitas demonstrações de carinho. A quarta carta, ao invés, foi dirigida à Igreja de Roma, na qual faz um apelo aos fiéis para não impedir seu martírio, do qual se sentia honrado, pela possibilidade de repercorrer o caminho e a Paixão de Jesus.

De passagem por Trôade, Inácio escreveu outras três cartas: à Igreja da Filadélfia, de Esmirna e ao seu Bispo, Policarpo. Em suas missivas, pedia a solidariedade espiritual dos fiéis com a Igreja de Antioquia, que passava pelas provações do eminente destino do seu pastor; ao Bispo Policarpo, ofereceu interessantes diretrizes de como cumprir a sua função episcopal.

Ele escreveu também páginas de verdadeiras e próprias declarações de amor a Cristo e à sua Igreja, que, pela primeira vez, foi chamada “católica”; testemunhos do conceito tripartido do ministério cristão entre Bispos, presbíteros e diáconos; e ainda diretrizes para combater a heresia do Docetismo, que acreditava na Encarnação do Filho apenas como aparência e não real.

Enfim, através das cartas de Inácio, percebemos seu desejo, quase como uma súplica ardorosa, de que os fiéis mantivessem a Igreja unida, contra tudo e contra todos.

Fonte: Vatican News. Acesso em: 13 out. 2023.

17 de outubro – Monsenhor André Sampaio

“Vivamos os momentos de nossas vidas, buscando em cada acontecimento um aprendizado. As dificuldades são ótimos mestres, nos ensinam a buscar soluções, nos impulsionam à evolução, à essência criativa, e nos tiram de momentâneas estagnações. As derrotas sinalizam que devemos tentar de novo, pois ainda não estamos prontos, testam nossa perseverança. As vitórias indicam que teremos desafios maiores, mais complexos, que dia após dia nos levarão à maestria.”

Monsenhor André Sampaio

16 de outubro – Monsenhor André Sampaio

“Deixemos de lado a tristeza, a mágoa, o ressentimento, e tantos outros sentimentos ruins, e, busquemos viver com alegria. Somos filhos de um Deus maravilhoso, que nos ama infinitamente e que nos quer alegres e felizes. Não permita que o mal predomine em sua vida. Tudo depende da forma como enxergamos os fatos e acontecimentos que nos envolvem e aos outros também. Em qualquer situação, manter a serenidade e alegria denota fé e confiança em Deus. Sejamos alegres e levemos alegria aos outros. Já está comprovado cientificamente que as pessoas alegres dificilmente adoecem e ainda atraem para si coisas boas. Pense: vale a pena viver na tristeza? É óbvio que não! Se você passa por dificuldades lembre-se de que tudo é momentâneo. O mal é passageiro porque não vem de Deus. A alegria é um bem que pode ser constante na nossa vida. Só depende de nós!”

Monsenhor André Sampaio

« Posts anteriores Posts recentes »

© 2025 Katholikos

Por Mauro Nascimento