“É fundamental reconhecer a necessidade de se recuperar a seriedade e o discernimento a respeito da gravidade que representa avaliar a moral do outro, para que não se lese dignidades. Quem julga severa e injustamente o outro escancara as portas para ser assim tratado pela justiça, particularmente pela justiça divina” (Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte – MG).
Em uma sociedade marcada pela diversidade e pluralidade de valores, é comum que sejam levantadas questões acerca da moralidade das atitudes e comportamentos alheios. No entanto, é fundamental reconhecer a importância de avaliar essas questões com seriedade e discernimento, para evitar que sejam cometidos abusos e lesões à dignidade das pessoas.
Ao julgar severa e injustamente o outro, abrem-se portas para que sejamos julgados da mesma forma pela justiça, inclusive a divina. Isso porque o julgamento injusto é uma forma de violação da dignidade humana, o que pode gerar consequências negativas para quem o pratica.
É importante destacar que a avaliação da moral do outro deve ser feita com base em critérios claros e objetivos, sem preconceitos ou julgamentos superficiais. O respeito pela dignidade humana deve ser uma prioridade em todas as situações, independentemente das crenças e valores individuais.
Nesse sentido, é fundamental que a sociedade como um todo se empenhe em promover o diálogo construtivo e o respeito mútuo, de forma a evitar que sejam cometidas injustiças e violações à dignidade humana. Somente assim será possível construir uma sociedade mais justa e equitativa, onde todos possam ser respeitados em sua singularidade e diversidade.
Mauro Nascimento