“Nunca tive, não tenho e espero não ter jamais ídolos de espécie alguma, exceto apenas a Beleza e a Verdade” (Basílio de Magalhães).
A citação de Basílio de Magalhães é uma afirmação forte e contundente de que ele não tem, nem nunca teve ídolos de qualquer tipo, exceto pela beleza e pela verdade. Embora haja muitas virtudes nobres que um ser humano pode aspirar, por que Basílio escolheu especificamente essas duas virtudes em particular?
Pode-se interpretar a escolha de Basílio de Magalhães como uma valorização da essência das coisas, em oposição ao valor superficial que muitas vezes é dado a coisas como a fama, o dinheiro, o poder, a beleza física ou outros atributos externos. A beleza e a verdade, por outro lado, são valores mais profundos e duradouros, que transcendem as aparências e atingem o cerne das coisas.
A beleza pode ser encontrada em muitas coisas, desde a natureza até a arte, e é uma manifestação da harmonia e da perfeição que existe no mundo. A verdade, por sua vez, é o reconhecimento do que é real e autêntico, em oposição à ilusão e à falsidade.
No entanto, a busca pela beleza e pela verdade pode ser difícil e muitas vezes desafiadora. A beleza pode ser subjetiva e difícil de definir, enquanto a verdade pode ser esquiva e complexa. Além disso, ambas podem ser ameaçadas pela nossa própria percepção e entendimento limitados.
Ainda assim, a escolha de Basílio de Magalhães é inspiradora e um lembrete de que devemos buscar o que é mais essencial e valioso na vida. Ao invés de buscar ídolos efêmeros, podemos encontrar significado e propósito ao contemplar a beleza e a verdade que existem em nós e no mundo ao nosso redor. Essa busca pode ser desafiadora, mas é uma jornada que vale a pena empreender, pois nos permite descobrir a profundidade e a riqueza da vida.
Mauro Nascimento